SOBRE O DUALISMO RELIGIOSO

Em todo e qualquer tempo que entendemos o mundo como mundo; lidamos sempre com mediadores de inclusão. Sempre um Dualismo, um recorrente pensamento que admite compreender a realidade e a condição humana. Há uma coexistência de princípios ou realidades contrárias entre si. Nunca poderíamos envolver nossa percepção das sensações, das ideias, virtudes e pecados sem a noção de dualismo, a unanimidade retrai o raciocínio, a lógica. Pensemos sempre em formas duplas, o bem e mal, o inteiro e a metade, corpo e alma, assim como o próprio dualismo que poderá então existir em diversas maneiras como: dualismo religioso; dualismo cartesiano; o dualismo de Santo Agostinho; na filosofia antiga havia também a religião do orfismo que compartilhava uma visão dualista. O dualismo de Platão provavelmente foi influenciado pelo orfismo que foi uma seita de cunho filosófico-religioso, na Grécia em meados do século VII a.C por Orfeu, um poeta mitológico; nisso pregava a reencarnação da alma humana após a morte corporal.

Como matéria de conhecimento e saber de tudo o que rodeia a vida, começa a breve ideia no âmago sendo na Filosofia Ocidental, em Platão baseados no pai do amor à sabedoria Sócrates. Fugindo sempre da premissa do corpo humano, assunto tabu em uma convivência digna onde a época dava importância somente as faculdades mentais, as habilidades do intelecto. Aristóteles frisava uma faculdade do espírito ou da alma; no corpo e na impossibilidade de ser assimilado em sua alma. Entendida como uma realidade física. Uma luta permanente, um entendimento melhor nos mostraria Gálatas 5:17-26 “ Porque a carne luta contra o Espírito, e o Espírito contra a carne; e estes se opõem um ao outro, para que não façais o que quereis. 18 Mas, se sois guiados pelo Espírito, não estais debaixo da lei. 19 Ora, as obras da carne são manifestas, as quais são: a prostituição, a impureza, a lascívia, 20 a idolatria, a feitiçaria, as inimizades, as contendas, os ciúmes, as iras, as facções, as dissensões, os partidos, 21 as invejas, as bebedices, as orgias, e coisas semelhantes a estas, contra as quais vos previno, como já antes vos preveni, que os que tais coisas praticam não herdarão o reino de Deus. 22 Mas o fruto do Espírito é: o amor, o gozo, a paz, a longanimidade, a benignidade, a bondade, a fidelidade. 23 a mansidão, o domínio próprio; contra estas coisas não há lei. 24 E os que são de Cristo Jesus crucificaram a carne com as suas paixões e concupiscências. 25 Se vivemos pelo Espírito, andemos também pelo Espírito. 26 Não nos tornemos vangloriosos, provocando-nos uns aos outros, invejando-nos uns aos outros.

Christian Wolf (1670-1754) teria empregado a palavra dita então para a relação entre corpo e alma, opondo o dualismo monismo. O fundador do dualismo teria sido Renatus Cartesius (nome latino de René Descartes). O físico, matemático e filósofo formalizou a versão do dualismo em 1641; quando reconheceu a existência de duas espécies diferentes de substância: a corpórea e a espiritual. Denominamos assim uma (substância imaterial) sendo a consciência à distingui-lo do cérebro, que seria o suporte total de inteligência. Descartes, logo - chama a mente “res cogitans” a (coisa pensante) e o corpo de “res extensa” , isto é - que ocupa lugar no espaço. Nisso, vem termos como: glândula pineal, dualismo corpo-mente, matéria e forma, existência e essência e o dualismo kantiano da necessidade e liberdade, fenômeno e número.

O conceito dualismo religioso traz obras inestimáveis para o entendimento melhor, como o próprio René Descartes escreve no ano de 1641 as suas Meditações Metafísicas; Platão em Apologia de Sócrates, Criton e Fédon trabalha constantemente o pensar dualista, Aristóteles em “Metafísica”, e o princípio com Thomas Hyde e seu magnum opus “Veterum Persarum et Parthorum et Medorum Religionis Historia, Editio Secunda, MDCCLX”.

O Dualismo visando como concepção filosófica ou teológica baseia-se na presença de dois meros princípios ou podemos intitular duas substâncias ou logo mais, duas realidades opostas e inconciliáveis. Monismo do grego mónos, que significa sozinho - único. Trataria o que podemos atribuir como unidade ou singularidade. Como identidade e pluralismo. Pitagóricos e depois gregos posteriores representaram o primeiro ser metafísico: a Mônada (para Leibniz significaria substância simples no sistema filosófico) e o Absoluto (na filosofia é definido como realidade suprema e fundamental, usado como alternância de Deus ou “o divino”). Teóricos, filósofos e todo e qualquer tipo de cunho intelectual transformará em controvérsias o dualismo religioso, defendendo sempre um lado a mais visível do outro. Nomes como Hegel, Tales de Mileto, Nietzsche, Baruch Espinoza e o próprio Paulo de Tarso com o Livro de Atos entoará um exemplo notável de monismo de realidade que engloba todos os seres.

Na história da filosofia houve diferentes formas de dualismo. Visando o bom estruturamento da pesquisa acima, faz bom uso contar detalhes e formas individuais do trabalho sobre dualismo religioso: irá existir o dualismo psíquico e o modo de relação desse pensamento entre duas questões que regem a vida humana, exercendo influência sobre ela, sendo assim, existem várias formas pelas quais ele vai se manifestar. Na relação do corpo e da alma que é um tipo de dualismo psíquico, porém, é uma questionamento que vai além ou até mesmo antes do pensamento filosófico, estando de antemão ao primórdios da civilização. Já o Platonismo Cristão junto a Platão inseriu a participação da metafísica e dentro sempre de questões religiosas, este pensar foi aceito até a idade média da igreja. Trabalhando a razão e fé; foi um desdobramento dirigido por Santo Agostinho, visando a razão por meio da fé, mostrando que é possível desenvolver uma fé muito além de “preceitos religiosos”.

ABAIXO PARA UMA MELHOR COMPREENSÃO DA ATIVIDADE SOBRE DUALISMO RELIGIOSO, BASTA COLOCARMOS REFLEXÃO COMO AFORISMO, CITAÇÕES E INSTITUIÇÕES DAS QUAIS SE FAZ NECESSÁRIO DENTRO DESSE PENSAMENTO FILOSÓFICO-RELIGIOSO QUE É O DUALISMO E TUDO O QUE ENVOLVE.

“Eu acredito em geral em um dualismo entre fatos e as ideias destes fatos nas mentes humanas” - George Santayana

A Definição clara de Dualismo é sobrepor que, seja uma teoria de que tudo o que existe se baseia em dois princípios eternos, esses são: o bem e o mal.

O dualismo expande sua ideia desde Platão e René Descartes á Clarice Lispector e Paulo Coelho, será um tema abrangente em diversas categorias para trabalho, como Literatura, Cinema, Arte, História etc… Com a controvérsias não podemos sequer falar de dualismo no século XX como sendo um movimento monolítico. Presente na Pérsia, desde os tempos de Zaratustra, dualismo não necessariamente estava vinculado com questão de subjugamento de outros povos. e sim de haver um tal equilíbrio dos aspectos inerentes ao ser humano e sua totalidade, ao ser humano e sua dimensão, ao ser humano e sua fraqueza de espírito. Um subproduto como falso discurso dualista vai gerir problemas sérios e fundamentados. Sempre ou quase sempre para quem não se enquadra no modelo tido como correto, principalmente aos grupos. Visando o lado institucional, logo, o Brasil, se caracteriza dentre um dos países onde mais se pratica a violência não institucionalizada. Dentro do fundamentalismo assim percebemos, uma realidade cada vez mais ameaçadora em nossa sociedade. O yin e o yang (o bem e o mal), que cada ser humano possui dentro de si. O concreto e importante raciocínio do qual cabe a quem trata determinado assunto, é desenvolvê-lo ao seu quadrado, a sua forma, todo ser humano exala de si o mal, o cruel, o divino e ser espiritualizado. Escrito isso, nunca haverá harmonia no homem, o oposto causará a divisão e ao mesmo tempo tende a ser equilíbrio. Isso não se aplica determinante na religião ou na filosofia, mas sim num parâmetro estrutural e uniforme a quem quer que seja, a quem quer que teste essa teoria ou não já lhe é aplicado, instituído claramente e sem qualquer recusa. O primeiro dualismo seria o da substância que, assume uma existência de uma segunda forma não corpórea da realidade. Nesta forma, o corpo e alma são duas substâncias diferentes. A segunda forma é o dualismo da propriedade, que diz que corpo e alma são propriedades diferentes do mesmo corpo, no entanto, essa distinção ontológica está nas diferenças entre as propriedades da mente e da matéria. Articulando pelo lado da psicanálise, o que determinados dualidade torna-se a construção (ideológica) de que existem forças opostas agindo em um mesmo objeto… a psicanálise afirma ainda uma dualidade sendo um evento irredutível por si só. Pela sua natureza, seus componentes formados não encontram um caminho, uma linha que caminha em comum para assim seguir. Tudo vai permeia uma batalha interna que ressalva o externo, tudo nessa vida. Inerente a batalha os resultados dessa constância se assim podemos fluir o pensamento, nada, nunca é perfeitamente dentro do ser humano algo perfeitamente equilibrado e honroso.