Dois Papas

Sua Santidade Papa Francisco I, líder máximo da Igreja Católica esqueceu que quem sofre de diversos males ou, simplesmente, não está num momento legal, não está nem um pouco preocupado com as queimadas da Amazônia ou do Pantanal. Quem sofre de depressão não quer saber sequer do incêndio no seu quarteirão.

A última do atual Papa foi criticar quem protesta contra o lockdown. O confinamento fechou, vejam só, as igrejas. Justamente no momento em que muitos precisaram frequentar, igrejas ficaram trancadas porque não eram locais considerados de atividade indispensável, ao contrário de bares! Quando abre, muitas são contaminadas com a Teologia da Libertação.

No Chile, igrejas queimadas, na França, atentado em igreja e na China, perseguição a católicos. É claro que esses acontecimentos não são isolados. Nesses casos, o líder religioso não demonstra a mesma eloquência exibida em questões ambientais. Esse tema é importante, mas, por significar discurso populista progressista, só aparece para agradar um público, em momentos em que se encontra “oportunidade”. Jorge Mario Bergoglio encontrou-se com Evo Morales, de quem recebeu “presentes” difíceis de guardar em algum cantinho, já que a aceitação é praticamente obrigatória; recusou-se a vir ao Brasil por causa do impeachment da Dilma Roussef; e recebeu o Luiz Inácio Lula da Silva, um ex-presidiário não arrependido. Isso é agenda de chefe de Estado ligado ao Foro de São Paulo, não de líder religioso. Provavelmente, pelos dividendos eleitorais, mas também pela agenda papal, a comunista Manuela d’Ávila (PCdoB) pôde ser “surpreendida” “comungando”.

No final de 2020, a Argentina acelerou rumo ao precipício e aprovou o aborto. A manifestação do sumo-pontífice foi tímida.

O polonês Karol Joséf Wojtyla, Papa João Paulo II, era outra história. O momento do seu papado era muito mais conflagrado (Guerra Fria). Apesar dele ser lançado no centro desse debate, os assuntos de interesse dos fiéis não eram relegados a segundo plano.

João Paulo II foi responsável por algo muito difícil: dialogo inter-religioso, um encontro ecumênico que reuniu mais de 200 líderes religiosos.

O Bergoglio ideológico está suplantando o Papa Francisco I e priorizando pautas “lacradoras” Enquanto isso, outras religiões angariam seguidores, oferecendo justamente o que a Igreja Católica deveria oferecer.

RRRafael
Enviado por RRRafael em 02/01/2021
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