Você cristão conhece a sua Bíblia??
É muito comum os cristãos se apoiarem na Bíblia para dá uma de moralistas. Apontar o dedo na cara do outro como se eles fossem donos da verdade. Isso é uma prova irrefutável de que nem os próprios cristãos conhecem esse livro que eles consideram "sagrado", mas que na verdade não tem nada de sagrado, pois é um livro que só prega a intolerância religiosa.
Os cristãos dizem ser contrários por exemplo ao aborto usando a própria Bíblia como uma regra de conduta moral. Aqui já percemos uma grande incoerência, pois como pode eles dizerem que são defensores da moral e dos bons costumes sendo que o próprio Deus que eles tanto defendem ordenava a matança de crianças(infanticídio) lá no Antigo Testamento. Será se essas pessoas não conhecem a própria Bíblia? Cadê os princípios morais que elas tanto defendem?
De fato, a maioria dos cristãos não conhecem a própria Bíblia e aqueles que a conhecem, no caso os líderes religiosos estão se valendo desse instrumento de alienação para extorquir e enganar as pessoas porque Religião sempre foi e sempre será algo muito lucrativo. Para que serve cursos de Teologia se não para enganar as pessoas e mantê-las aprisionadas no sistema religioso. Se por um lado existem aqueles que sabem que a mentira é o real propósito e agem de má fé, por outro lado existem aqueles que estão sendo enganados. São apenas vítimas desse sistema podre. Depois eles vão dizer que somente os teólogos é que tem o "dom" de interpretar a Palavra. Para isso é necessário segundo eles fazer cursos de Teologia para aprender hermenêutica e assim poder compreender a Palavra desse Deus que não existe porque o propósito disso tudo é enganar e persuadir as pessoas. Isso sem falar que existe ainda um sério problema até mesmo com relação à interpretação das escrituras.
Como a Bíblia é um livro cheio de contradições e de muitas metáforas, muito simbolismo até mesmo os mais estudiosos tem uma certa dificuldade em interpretar as escrituras. Por exemplo, no Livro do Apocalipse existem aqueles que defendem o pré-tribulacionismo, já outros defendem o pós tribulacionismo. Segundo os que defendem o pré-tribulacionismo, a igreja( que seria os fiéis) será arrebatada antes do período tribulacional de 7 anos, já os que defendem o pós-tribulacionismo a igreja estará aqui durante a Grande Tribulação. Portanto, podemos perceber que não existe nenhum Espirito Santo a zelar pela Palavra, pois não há nem mesmo um consenso entre as diversas denominações religiosas acerca de alguns temas como é o caso do tema escatologia. É claro que além desse tema temos inúmeras outras doutrinas que são defendidas pela Igreja católica, mas refutadas pelos evangélicos como os dogmas Marianos, a doutrina do purgatório, o juízo particular após a morte e tantas outras.
Interessante disso tudo é que a própria Bíblia diz que Deus não é de confusão ( 1 Coríntios 14:33). Diante de tantas interpretações entre as diversas denominações religiosas fica claro que esse versículo que está em Coríntios é mais uma contradição dentre as mais de 50 mil contradições bíblicas que existem. Veja por exemplo quando Isaías no capítulo 9, versículo 6 afirma que Jesus é o Príncipe da Paz, no entanto é o próprio Jesus que diz não veio trazer a paz, mas sim a espada(Mateus 10:34). Um outro exemplo está em Mateus 21: 12-13 quando Jesus expulsa os cambistas do templo e diz que a casa de Deus que é ele mesmo é casa de oração e não de comércio, ou seja, está em contradição com o que está em Atos 7:48 que diz: "Portanto, Deus não habita em templos feitos por mãos humanas." Ora, se Deus não habita em templos feitos por mãos humanas, não teria nenhum sentido Jesus expulsar os cambistas do templo já que Deus não habita em templos.
Além disso temos ainda os erros de tradução que estão presentes na grande maioria das versões bíblicas modernas sejam elas protestantes ou católicas.
De acordo com os estudiosos em tradução somente as versões editadas apartir do ano de 1599, século XXI para a Inglaterra contêm uma tradução mais fiel dos originais de modo que a margem de erro é em torno de 3%. É o melhor material de estudo para encontrar as contradições, bem como expressões que foram suprimidas com passar dos séculos, os nomes originais dos personagens bíblicos que depois foram modificados com as transliterações. Essas versões contêm ainda o apócrifo 29 do Livro de Mateus que trata sobre a infância e adolescência de Jesus e que foi ocultado pela igreja Católica nos Concílios, enfim é um material muito interessante. Infelizmente todas as contradições provém das fontes de tradução que são os códex, ou seja as cópias mais antigas dos manuscritos originais. Portanto, todas as adulterações e contradições vêm desde os primeiros séculos.
Com relação aos erros de tradução vejamos por exemplo a palavra Inferno. Nos originais hebraicos quer dizer apenas "sepultura" ou "cova" que é o destino de todos após a morte Depois com a tradução da septuaginta( primeira tradução do Antigo testamento para o grego) e a tradução do Novo Testamento a palavra inferno no hebraico "Sheol" foi transliterada para Hades(grego) ganhando um novo significado com ideias mitológicas devido à influências de cultura greco-romanas. Depois já no Novo Testamento aparece palavra Geena(do grego) ou Tartaro(Lago de fogo) que erroneamente foi substituída como sinônimo de inferno, mas significa "Vale de Hinom" que era apenas um local que havia no sul de Jerusalém para onde eram destinados os cadáveres das pessoas más para serem consumidos pelos vermes.
A idéia de vida após a morte, ressureição, inferno, mundo dos mortos tem influências de religiões pagãs não só da mitologia greco-romana, mas até mesmo de culturas egípcias, bem como do Zoroastrismo, do Mitraísmo entre outras. O Novo Testamento sofreu influências de todas essas culturas pagãs. O conceito de inferno como sendo um lugar de tormento eterno e de fogo na verdade só foi criado pela Igreja católica no século VI por Santo Agostinho evidentemente com influência dessas culturas.
Tudo para que as pessoas tivessem medo de pecar, pois como nós sabemos a religião cristã sempre foi um instrumento de alienação criado pela elite de extrema direita e a melhor forma de aprisionar as pessoas seria através do medo. O propósito então é criar um terror psicológico: se você não se converter você será condenado. (João 3:18). Isso mostra que o tal do livre arbítrio não existe. É tudo uma grande armação afim de aprisionar as pessoas porque Religião sempre foi e sempre será algo muito lucrativo. É o comércio dá fé. Através dos dízimos e das ofertas é que esse sistema podre se mantém.
É importante observar que a religiosidade embora seja diferente de Religião, tem como denominador a mesma mentira que é acreditar no sobrenatural através da fé que é algo irracional. O indivíduo não precisa pertencer à nenhuma instituição ou denominação religiosa para viver nesse mundo de ilusões, basta professar uma fé em algo sobrenatural. A partir dessa fé sobrenatural é que nasce a ilusão, a falsa noção da realidade. Todas as religiões têm como propósito doutrinar as pessoas a acreditarem em seus deuses, cada uma defendendo as suas crenças tendo por base livros que são sagrados somente dentro daquela cultura. A Bíblia assim como qualquer outro livro de Religião tem como propósito manipular a Fé das pessoas através de supostas verdades, doutrinas "inspiradas por Deus", mas que na realidade não há inspiração divina alguma. Por que devo acreditar nesse Deus que é uma criação do judaísmo cristão? Essa deveria ser a primeira indagação. Toda e qualquer religião são instrumentos de manipulação.
Com tudo isso podemos concluir então, que a Bíblia além de ser esse livro manipulador, como se já não bastasse é também um livro que incita a intolerância e o ódio. O próprio Deus criado pelo povo hebreu no Antigo testamento ordenava que todos aqueles que não quisessem adorá-lo deveriam ser mortos. Segundo a Lei de Moisés quem não guardasse o sábado, segundo o povo hebreu considerado o Dia do Senhor deveria ser punido com PENA DE MORTE. ( Números 15: 32-36). É interessante observar que os cristãos dizem que são perseguidos por causa da intolerância (uma grande hipocrisia), mas isso é porque eles desconhecem a sua própria Bíblia, pois essa intolerância começou lá no Antigo testamento quando esse Deus criado pelo povo hebreu ordenava a perseguição e a pena de morte à todos que não quisessem adorá-lo. Um dos mandamentos que o próprio Deus entregou à Moisés estabelecia: "Não terás outros deuses diante de mim." ( Êxodo 20:3.)
Podemos vê claramente uma incitação à intolerância religiosa. Quantas pessoas foram perseguidas na Idade Média durante a Inquisição pela Igreja católica só porque não queriam adorar a esse Deus. Eram consideradas como "hereges". Portanto, podemos perceber que o próprio cristianismo ao longo dos séculos sempre foi uma religião intolerante de um Deus intolerante e vingativo que apoiava o estupro e a pedofilia ( Números 31: 17-18) , o genocídio (Lucas 19:27), exigia sacrifícios humanos( Juízes 11: 30-40) e de animais ( Gênesis 8:20), ordenava a matança de crianças (infanticídio ver Deuteronômio 21: 18-21),apoiava a escravidão ( Êxodo 21:20), condenava o homossexualismo( Levítico 20:13) e muitas outras barbaridades. Esse é o Deus de amor que os cristãos tanto defendem. Basta uma análise mais minuciosa para perceber que esse é um Deus totalmente desequilibrado e com características humanas criado pela mente humana. Um Deus que não é onipotente, nem onisciente e nem onipresente, pois cria o próprio inimigo que é o Diabo conforme está em Isaías 54:16.
Evidentemente nós sabemos que cada um tem o direito de acreditar no que quiser e devemos respeitar, no entanto, cabe à nós que somos ateus pelo menos tentar alertar essas pessoas para que elas possam talvez um dia enxergar por si próprias que elas estão vivendo uma grande ilusão, uma grande mentira. A partir daí caberá exclusivamente a elas decidir se querem continuar vivendo ou não nesse mundo de ilusões. O conhecimento liberta. Ser ateu é ser livre de todas essas doutrinações criadas pelas mentes humanas, é encarar a realidade tal como ela é, sem medo de uma condenação eterna de um Deus cruel e vingativo que só existe dentro das páginas da Bíblia.