NO OLHO DO FURACÃO: EM PLENA CRISE

Quando olhamos para trás e para o passado, não há nenhuma dúvida de que estamos avançando na escala de evolução, apesar disso, não sabemos para onde estamos indo, nem mesmo conhecemos as pessoas as quais estão à frente desse processo sendo os nossos guias. Por isso, não temos certeza de que as referências seguidas são confiáveis, então esse caminho da evolução pode estar passando nas margens estreitas de um precipício com risco iminente de queda a qualquer momento. Além disso, logo a frente esse caminho terminará no meio do nada, onde existe um verdadeiro abismo.

Dessa forma, entramos no dilema de um velho adágio, “se ficar o bicho come, se correr o bicho pega”, isto é, sem saída. É uma verdadeira insanidade trilhar esse caminho da destruição, entretanto, onde há centenas de milhares de loucos marchando numa direção, todos eles parecem normais, além do mais com capacidade de julgamento em perfeito estado e totalmente, preservadas. Assim, nessa marcha maluca, os alienados são os normais e os normais que não aderem a esses delírios são considerados esquisitos e malucos.

Estamos em plena luz, mas no meio das trevas, por isso, mesmo estando em sã consciência não estamos aptos para dizer se os alucinados estão no caminho certo, e nem se eles são capazes e construir uma ponte sobre o abismo logo a frente para se chegar ao paraíso.

Na verdade, estar lúcido no meio de uma multidão de desequilibrados, é mais cruel do que ser um doido no meio de pessoas em perfeita consciência. Dessa maneira, um pirado pode levar uma vida muito normal no meio de intelectuais, mas o contrário é extremamente desumano, ou seja, estar em plena consciência no meio de uma onda de insanidade.

Nessa plena e constante evolução da maluquice, surgem muitas dúvidas e dilemas, assim é muito difícil saber quem é maluco ou quem está consciente, pois os comportamentos de ambos são parecidos, assim os desequilibrados simulam e imitam a vida de uma pessoa normal, e os normais se comportam como os pirados. Diante de tanta confusão, nem sabemos direito se é dia ou se é noite, nem quem é o homem, nem quem se comporta como mulher, da mesma forma que não sabemos se estamos avançando ou se estamos regredindo ao som de uma melodia fúnebre, mas dançando alegremente em ritmo de carnaval e imunes ao coronavírus.

Livrodeunicapagina 08/01/21 SIGA no Facebook, TWITTER, YouTube e Instagram

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