Por que não discutir religião?

Sempre ouvi as pessoas dizerem que  Religião assim como futebol e política não se discute.

São assuntos que dividem opiniões afinal cada pessoa possui suas próprias convicções, no entanto, é possível sim  debater a nível de ideias sobre aquilo que acreditamos.  Os questionamentos sempre são bem vindos afinal de contas o homem é um ser político.  Então,  porque não discutir sobre assuntos que fazem parte da nossa vida social ainda que seja relacionado com a questão religiosa. A todo instante as pessoas discutem sobre política e sobre futebol seja  nas redes sociais, na TV e em todos os meios de comunicação. Vemos os comentaristas expondo as suas opiniões e as suas críticas e hoje graças às redes sociais o público tem a possibilidade de expor também os seus comentários.  Com relação ao tema religião não poderia ser diferente.  É claro que é importante respeitarmos os diversos posicionamentos,  mas podemos sim usar de questionamentos afim de provocar uma reflexão, uma troca de ideias. De um modo geral, o conflito de ideias é sempre algo inevitável seja em qualquer assunto. 

Hoje eu sei que discutir religião pode ser por um propósito muito importante que é libertar as pessoas que vivem aprisionadas nesse  mar de ilusões. Nós que já  estamos libertos precisamos alertar aqueles que ainda estão presos nas mentiras do sistema religioso. Quem sabe essas pessoas possam se convencer e enxergar a realidade. A religião não só o cristianismo,  mas todas elas  doutrinam o ser humano a viver uma fé irracional,  já o ateísmo é o conhecimento racional,  portanto,  entre ficar com o irracional ou a razão é muito mais sensato buscarmos a razão.  Enquanto nesse momento tão difícil que estamos vivendo de pandemia, os cristãos depositam a sua fé nesse Deus do impossível, nós ateus  depositamos a nossa esperança nos cientistas que estão trabalhando arduamente para nos trazer uma vacina eficaz principalmente contra essas novas variantes  e dessa forma possa controlar essa pandemia que parece não ter fim. 

Infelizmente as pessoas religiosas acreditam que a fé em alguma divindade é o que faz com que elas se fortaleçam diante das dificuldades.  Eu vejo nesse caso uma grande necessidade que essas pessoas têm em acreditar em suas divindades.  Nesse caso a religião se torna uma espécie de moleta na qual o indivíduo precisa para se apoiar.  Somente quem já se libertou sabe que ninguém precisa de religião para ser feliz ou para se fortalecer diante dos problemas.  Se há um tempo atrás eu me sentia ofendido com  comentários ateístas, pois eu achava um absurdo que alguns  ateus pudessem zombar da fé cristã.  Hoje eu entendo que essa  "intolerância"  tem um sentido. Sabemos que a crítica é sempre  direcionada a uma fé irracional.  Não há nada de pessoal. O objetivo não é criticar a pessoa, mas a sua fé irracional,  evidentemente devemos evitar ofensas ou xingamentos porque aí já se tornaria um discurso de ódio.  Claro que podemos de uma forma mais moderada expor as nossas opiniões sem a intenção de desrespeitar o próximo, embora  isso seja quase  inevitável dada a subjetividade  do caráter individual da fé.  Imagine um comentário do tipo: Deus é preguiçoso.  Evidentemente,  é algo que irá provocar a ira de muitas pessoas que são religiosas.

Por isso que eu reitero, que a crítica é direcionada sempre à fé.  Não é nada pessoal,  mas a ofensa  é quase que inevitável devido à esse  caráter subjetivo da fé. Para o religioso isso é blasfêmia,  é um desrespeito,  é uma heresia, enfim,  uma falta de respeito com aquilo que ele considera como "sagrado".

A partir do momento em que ele se  liberta dessa moleta chamada Fé,  nunca mais ele se sentirá ofendido. 

Quantas vezes eu saí em defesa da fé cristã nas redes sociais  porque era algo que eu acreditava, mas o tempo se encarrega  de reformular as nossas ideias.

Cada um é livre para crê naquilo que lhe convém. A nossa intenção é  mostrar a realidade dos fatos  através do que já temos de concreto por meio da ciência.  Não que a ciência tenha respostas para tudo, mas pelo menos estamos no caminho. Hoje a ciência já nos oferece comprovações de que esse planeta já atravessou várias eras glaciais, de que já existiram dinossauros há milhões de anos, de que a Terra não é plana, enfim são estudos comprovados cientificamente. 

Todos nós temos uma opinião formada a respeito de algo e religião não poderia ser diferente.  Sabemos que as pessoas estão convictas a respeito daquilo que elas acreditam. 

Seria até uma pretensão se nós defensores do ateísmo  tivéssemos o propósito de implantar na mente das outras pessoas o nosso pensamento.  Podemos mostrar o caminho  para que essas pessoas possam se libertar,  mas jamais poderemos pensar por elas. O convencimento é um ato espontâneo de cada um. A pessoa é que deve se convencer de que a sua libertação só depende dela mesma. E de que forma que ela pode se libertar? Através da busca pelo conhecimento,  através dos seus questionamentos,  através das suas análises.  Só apartir daí ela irá conseguir raciocinar.  Não é fácil perceber o engano quando a pessoa está ainda presa no sistema religioso porque ela foi doutrinada desde o início que não se deve questionar as incoerências da Bíblia,  os desígnios de Deus e todas as doutrinas absurdas que lhes foram repassadas desde a sua infância nas aulas de catecismo ou na escola dominical.  Tudo isso porque ela tem a necessidade de acreditar e de se manter firme na fé. Uma fé irracional em algo que carece de comprovações científicas,  de um Deus que até hoje a ciência não conseguiu provar a sua existência a não ser através de falsos arqueólogos comprados pelo próprio  sistema religioso que apresentam provas forjadas e tudo para continuar mantendo o povo alienado.

Portanto,  a decisão final cabe a você que ainda está vivendo nesse mundo de ilusões.  Só você poderá romper os grilhões que te aprisionam e quem sabe um dia você estará dando o seu testemunho de libertação. A Religião é dos maiores instrumentos de alienação que existe. O cristianismo assim como qualquer outra religião não liberta ninguém pelo contrário escraviza às pessoas a viverem num mundo de ilusão.