Corrupção e impunidade: a ruína e a vergonha da nação!

Atualmente, a prática de um crime está tão banalizada e comum, a ponto de não mais constituir uma extrema preocupação à sociedade, que a impunidade de seus praticantes tem suscitado mais atenção que o próprio ato criminoso. Isso é inaceitável, posto que a sociedade deveria se mostrar perplexa diante de infrações que ferissem à dignidade de seus princípios éticos e morais ao invés de compactuar com eles!

Assim, o atento social não poderia está voltado a apenas um desses pontos. Seria necessário que houvesse um equilíbrio de idéias às duas vertentes. Com isso, tanto o ato de cometer um crime como a impunidade a eles, invigoraria, ao menos parcialmente.

No Brasil, a ação criminosa seguida de impunidade – sobretudo no que tange à classe política e aos que pertencem a elevados níveis sociais – tornou-se bastante corriqueira e vergonhosa. A impunidade tem desmoralizado todas as instituições republicanas desse país e posto em risco a própria democracia.

Dessa maneira, nota-se a impossibilidade de existir uma sociedade equilibrada, com baixos níveis criminais, com mais respeito às instituições públicas responsáveis à repressão aos transgressores da lei, já que a maioria dos seus representantes comete atrocidades com o dinheiro público, aproveitando-se da importância e influência dos cargos que ocupam.

Todavia, a despeito de as ordens republicanas não cumprirem com os seus deveres, a sociedade, atônita aos constantes casos de crimes impunes, faz transparecer o seu grau de indignação, de repulsa, mostrando-se de forma discriminatória – que de uma maneira ou de outra representa certa punição: é a resposta social. Porém, isso não é tudo. É imperativa uma reação mais drástica; é preciso ir às ruas e mostrar que se o poder judiciário não é capaz de punir aqueles de condição social privilegiada do mesmo modo que o faz com a classe inópia, a sociedade, simplesmente, destituirá esse “poder” – uma vez que ele não cumpre devidamente com suas funções.

Assim, vê-se premente uma reforma político-ideológica que englobe todos os níveis sociais, a fim de se moralizar as ordenações públicas para que, assim, elas cumpram com o que lhes é atribuído como responsabilidade – independente de qualquer fator.

Alexandre J. Nobre.