Cotidiano(s)

Sexta-feira, pós feriado e a cidade parece bem mais vazia. Pela manhã um frio cortante, o túnel de vento da Sete de Abril soprava e soprava. Meus passos eram trêmulos e largos e rápidos como sempre.

Cidade vazia, estômago vazio, existência vazia, vaga, e aquele vazio da ausência de complemento, o Yang, e só, não há equilíbrio, hoje é tudo oitenta.

O dia se extendeu, e terminou com atraso, pra começar de novo ainda não sei como. E eu, sempre um passo atrás dos ponteiros, o que significa o contrário de estar em vantagem; o filhodaputa sempre me ganha.

Chronos, infame, continua matando seus filhinhos.