PENSANDO COM PLATÃO

Durante o curso de Filosofia (Licenciatura)

anotações em sala de aula

 

Sétima Carta...

 

Manda quem tem poder e não quem tem razão.  (infelizmente)

 

- Platão dizia: basta persuadir um único homem para que tudo se torne perfeito.

- Há um hiato entre aquele que está no poder e não quer escutar o pensamento filosófico e aquele que pensa filosoficamente e não está no poder. (alguma semelhança é pura coincidência).

- A cidade de Platão seria a cidade perfeita onde todos os homens seriam, dentro dos seus direitos, tratados com justiça. Seriam, pois, homens felizes.

- Será que vale a pena tentar convencer alguém de alguma coisa, se esse alguém não quer ser convencido?

 

Obs: Platão, que já tentara uma vez convencer Dionísio a tornar-se um filósofo e não obtivera nenhum resultado positivo, se pergunta se valeria a pena tentar de novo..

- O princípio da educação de um governante tem como base o apoio de amigos e camaradas que pensem de forma igual ou parecida com sua forma de pensar.

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Sétima Carta

 

pág. 143 – 333 b (2º parágrafo)

- A prudência e a reflexão são essenciais na reconstrução das cidades arruinadas.

 

Obs: Platão e Dião aconselhavam Dionísio a seguir o caminho reto, mas foram caluniados com pretensos conspiradores levando Dião ao exílio (??? Alguma semelhança no nosso País?!)

Platão procurou trocar a guerra pela amizade, mas foi derrotado mais uma vez pelos difamadores.

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- A alma do homem que comete ignomínias, sofrerá terríveis castigos quando se libertar do corpo. Portanto é melhor ser vítima de grandes crimes ou de grandes injustiças, do que vir a cometê-los.

- É cego quem não enxerga as consequências dos seus atos ímpios nem o mal que o acompanha nos rastros dos seus crimes.

 

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pág. 148 e 149 – 334c a 335e

 

334c – A cidade não deve sujeitar-se a nenhum déspota (Senhor absoluto e arbitrário, tirano, opressor).

335b – Devemos considerar menos mal ser vítima de grandes crimes ou de grandes injustiças do que vir a cometê-los – pois se somos imortais, sofreremos por nossos erros (crimes) terríveis castigos.

335d – O poder e a filosofia reunidos em uma só pessoa, fariam dela um governante justo e virtuoso que faria luzir aos olhos de todos a sábia e verdadeira noção de felicidade.

 

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Página 150

 

HARNATÍA (ignorância)

EPISTÉME (conhecimento)

DOXA (opinião)

- O político que não tem a Epistéme (o conhecimento) vai caminhar ou continuar sempre na doxa (opinião).

- Aquele que ignora o caminho a ser estabelecido (epistéme), vai agir sempre de forma incorreta, seguindo a doxa (opinião).

- É preciso que os que estão ao nível da doxa ascendam para que possam atingir (chegar) ao mundo da epistéme.

- Aqueles que não conseguem atingir a epistéme, procuram mascarar a doxa no sentido de ludibriar os que neles acreditam.(temos visto muito disso, não?)

- A política se perde quando ela se separa da ética (Aristóteles).

- A virtude depende do que há na sua própria natureza(do tropos).

- O domínio de si mesmo, é sabedoria.

- A vingança é um sinal de falta de sabedoria.

- Solfocracia (Platão): lei que não favorece nem vencidos, nem vencedores – mas concede direitos iguais e comuns a todos os cidadãos.

- O que fundamenta a Política é o apanágio ético. Ainda que a turba(a multidão) se volte contra ele, o político, é imperativo que fale a verdade (339ª)

339c- Aqui vê-se a falácia de Dionísio em forma de intimação com o intuito de trazer Platão à Corte.

- Platão é empurrado de um lado para outro para atender o pedido de intimação de Dionísio insuflado por boato sem fundamento (doxa). (E aí... não parece com a política de hoje em

dia?)

 

 

Pág. 157

 

Nota: A definição é um instrumento de poder sobre a realidade.

 

- Todos definem as coisas sem conhecer o que na realidade são essas coisas (sem conhecer sua essência). "Nada sabemos da essência das coisas e/ou das pessoas".

 

- Os homens "batem cabeça"

Errando, não por querer,

Porém por ignorância.

Por não ter em si o Saber.

 

- É preciso de uma natureza que passe pela afinidade, pelos laços naturais.

 

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- Se as normas que compõem uma cidade são injustas, jamais haverá justiça nesta cidade.

 

- Platão defendia a igualdade dos desiguais (uma igualdade proporcional – geométrica)

 

- A finalidade do filósofo (Platão) era a execução da política reta, agindo justamente e virtuosamente.

 

- Antes que os filósofos governem ou antes que os governantes se tornem filósofos, não haverá governo justo.

 

Nota:  A união da Filosofia e do governo dos cidadãos – uma utopia platônica.

 

- Platão iludia-se pensando persuadir um tirano, quando diz: "Bastava persuadir um único homem para que tudo me saísse bem".

 

 

Obs: O sonho de Platão era mudar tudo isso! Mas, infelizmente, foi só sonho.