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Muito se diz quando ocorre um ataque como o da creche em Blumenau, portanto eu não quero ser mais um a falar, transformando minha opinião em mero “barulho”. Entretanto, a quantidade de falácia oportunista me estimulou a arriscar rabiscar o que vi dos hipócritas que emergiram do pântano ideológico e ocuparam um lugarzinho de destaque num palanque cheio de holofotes, microfones e câmeras.

Justiceiros de gabinete, especialistas feitos sob medida e políticos coalharam telas, alto-falantes, redes sociais etc com teses que só existem em mentes contaminadas por um discurso pré-fabricado. A conclusão, aplicando um “duplo twist carpado” argumentativo, eles “explicam” o comportamento individual, como o resultado de uma causa coletiva. Sempre tentando ajustar o ocorrido aos seus interesses, como quem “puxa a brasa pra sua sardinha”. Ignorando o freio moral, atribui-se a iniciativa a filmes, jogos de videogame, internet etc.

Adaptando o acontecimento à sua agenda, a GloboNews selecionou um jornalista e um “especialista” que se superaram no contorcionismo retórico para ajustar a tragédia de Blumenau à sua pauta pessoal. Segundo o “quanto pior, melhor”, ambos atribuíram o ataque ao discurso de ódio (bolsonarismo) e à falta de diversidade, respectivamente. Quando flagrarmos essa modalidade de desonestidade intelectual, o melhor a se fazer é perguntar aos mais antigos o que aconteceu, de preferência à sua avó. Eles provavelmente responderão a hipótese mais simples, honesta, lógica e real: um ensandecido invadiu uma creche.

Fatos assim sempre aconteceram, independentemente dos governos e dos discursos. O que estimulou os “malucos” foram as facilidades. “Eu escrevi “maluco” entre aspas porque os advogados geralmente justificam os ataques devido a um surto psicótico, porém, quando o surto ocorre, esses “doentes se armam e se dirigem a locais, aparentemente, indefesos: creches, escolas infantis, “Gun free zones” (regiões livres de armas) etc. Contudo, embora, supostamente, nesses casos haja um surto psicótico, esses “malucos” não pisam sequer na calçada de um quartel.

Discutiu-se, para ambos os lados políticos, como sempre, a questão das armas. No entanto, embora pouco plausível, sob pena de ser acusado de pregar o extermínio de parte da espécie humana, acho que inclusive eu, ou defender a eugenia, pode-se discutir a proibição de loucos.

O motivo do atentado: não sei.

RRRafael
Enviado por RRRafael em 09/04/2023
Reeditado em 09/04/2023
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