Observações contemporâneas sobre estar só mesmo com tantas conexões

Atualmente tenho me colocado muito em uma posição de descaso e sinto que é necessário cuidar mais de mim. A vida, a família, o trabalho e tudo mais que engloba o nosso mundo atual faz com que o EU seja negligenciado. Observo o quanto fico “fora de mim” em êxtases subsequentes de telas em telas, de post’s em post’s todos os dias o dia todo, horas e horas. E são nas “não horas”, nos intervalos onde não estou conectado com as telas e preciso voltar a me conectar comigo que percebo o quanto não sei mais o que sou, o que gosto e o que penso já que o que sou tem total referência com os estímulos que me são enviados pelas telas o dia todo e todos os dias, já o que pareço gostar ter referência com as propagandas que me bombardeiam os sentidos e o que penso, bem, isso eu já nem sei mais o que EU, realmente, penso.

São assim como eu várias pessoas que estão em um looping de entra e sai de telas. E isso vem fazendo com que o indivíduo por não se conhecer, por não parar para saber como, realmente está, ao ficar só consigo mesmo, se sinta abandonado, triste, solitário já que não está mais conectado a nada e nem a ninguém mesmo que esse “alguém” seja virtual. Mesmo que esse “alguém comunidade” seja um local que ele goste de estar mas que , na realidade, ninguém sabe que ele está lá. Que na verdade esse local, on line, só serve para capturar sua atenção e gerar leads, gerar receita, gerar grana. Na pura e simples verdade onde esse sujeito quer estar é um local onde ninguém se importa realmente com ele. E estando conectado a si, longe um pouco das telas, terá sim relacionamentos que são sim mais complicados, mais cansativos, que não se tira da frente apenas com um toque mas que sendo esses relacionamentos consolidados se criam um espaço onde na verdade se preocuparão com seus participantes. Não só com leads, não só com receita e não só com grana. Digo não só pois até mesmo em relacionamentos físicos queremos atenção, queremos receitas para curtir, queremos grana para gastar com nossos “parças”.

Com isso tudo é bem possível se perceber o crescimento do sentimento depressivo pautado nessa sensação de não cuidado, de não querer, de não preocupação que o indivíduo sente quando não está conectado já que passa a maior parte do seu tempo longe das relações reais, relações essa que são de profunda necessidade para os seres humanos e que está sendo, cada vez mais, podada e substituída por ilusões. Muitas pessoas precisando de ajuda e é ai que entra a loucura da coisa: nem que seja de forma online.

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Carlos Barreto
Enviado por Carlos Barreto em 09/12/2023
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