Impulsos elétricos de um neurônio cru

Eu tenho tanto a dizer, mas o minimalismo me influencia. Sei, isso é desculpa pra fugir da péssima qualidade das porcarias que eu escrevo. Pode ser ruim, não tem problema. É art brut. Puta que pariu, outra desculpa...

Hoje, aliás, tem alguns dias que venho observando minha cadela, a Millie. Olho dentro dos seus olhos pretos de noite pura, e pergunto pra ela o que é que tem lá. Ela abaixa a cabeça, às vezes não gosta. Pra ser sincera, eu também não gosto, mas faço sempre, por instinto. Não gosto porque vejo meu reflexo.

Continuando sobre minha observação sagaz e dedicada do mundo canino, constatei que o cão é como um ser humano. Pensa, sente, usa da lógica, aprende e se adapta ao meio. Quase todo animal é como o ser humano, só que de forma mais simples.

Será mesmo que o menos é mais? acho que sim. Então provavelmente o caminho para a próxima etapa (de quê?) é o abandono do nosso "excesso de bagagem", é o retorno ao cru, ao bruto. Aliás; retorno? caminho antes nunca trilhado pelos papéis alvos, ávidos de tinta... é mais simples do que parece.