Crenças Limitantes e Valores Limitantes

Ensaio escrito a partir de inspiração gerada por uma conversa (por email) com Maria Aparecida Giacomo (Iluminada) Dóro, a quem agradeço. Este ensaio terá continuidade, falando sobre relacionamentos.
Meus abraços à todos. Paulo Lima


“No mar revolvem-se, ansiosos, todos os meus sentimentos. Os pés descalços e sem proteção, descompassados, fomentam-se como em outrora, em caminhos de pura ilusão.
O que fazer com tanto redemoinho? O que fazer com tanto incômodo? Pelo que vejo e sinto, não basta transpirar emoções. De meu peito, confusas e matreiras, restam as vontades de um mundo diferente. Não sei se é o meu mundo que difere dos demais, ou se todos são iguais. As emoções não se disfarçam, expõem-se como flores aos primeiros raios de sol da primavera.”


É amigo, por quantos mares navegam nossos sentimentos. Às vezes, é fácil naufragar em emoções e sentimentos indomáveis. É com muito gosto que me lembro de uma passagem da bíblia em que os apóstolos seguiram para alto mar, quando foram pegos por uma tempestade. Desesperados, saíram ao encalço de Jesus que dormia no barco: Jesus, Jesus, salva-nos pois nosso barco vai afundar. E Jesus, levantando-se dá-lhes a sentença. Por que temeis, homens de pouca fé, apaziguando os ventos e mares, na seqüência.
Pode parecer simples, e, realmente o é. Quando nos damos a possibilidade de confrontar nossos sentimentos com a realidade da nossa vida, notamos o quanto deixamos de viver. Os sentimentos acabam se dividindo em dois seguimentos. Os bons e os maus. Freqüentemente, os maus sentimentos se avolumam e fazem com que todo o universo à nossa volta pareça o pior dos mundos e isso tudo piora quando a fé que movia nosso dia a dia se esvai.
Neste momento, realmente, o mundo acaba para a pessoa. Fé em quê ou em quem? Podes perguntar. Ora, em você e no seu potencial para resolução criativa para os aparentes problemas da sua vida. Lembre-se, segundo a mensagem de Jesus: Vós sois deuses!
Esta assertiva é muito verdadeira, por si só, mesmo para aqueles que a avaliem sob o prisma puramente religioso. O quê, não é o caso aqui.
Há, no interior de cada ser humano o potencial miraculoso para criar e ser feliz. Quando deixamos a fé para trás, tudo em nossa vida transforma-se apenas em caminhos descompassados pelos quais retornamos, muitas vezes, às experiências do passado, aos nossos enredos prediletos. Se este retorno ao aprendido for conduzido apenas para reforçar atitudes defensivas e que, podem ter dados bons resultados naquele contexto, isto não será nutritivo, o resultado será o corriqueiro e poderá não servir para a situação presente. Poderá acontecer, neste momento, de você sentir-se desprotegido. Começará a praguejar contra o universo, contra todas as pessoas, contra o sistema social, contra a absoluta falta de competência de seu parceiro ou parceira e, esquecerá o detalhe mais importante nesta história: VOCÊ.
Você é o grande responsável pela modificação de suas crenças. Para isso será necessário a parada para identificar quais são as crenças que movem a sua vida e tenha em mente, quando falo de crença não estou falando de religião A ou B. De maneira simplificada, crenças são aquelas “histórias da carochinha” que foram contando a você e a todos nós durante nossa infância e adolescência. 

Vejamos alguns exemplos:
- Cala a boca menino, homem que é homem não chora.
- Nossa! Você é igualzinha a sua mãe.
- Lugar de mulher é na cozinha!
- Pau que nasce torto morre torto.
- Dinheiro não cai do céu.
- Entre outras.

Esses são alguns exemplos de diálogos explicitados abertamente, mas, existem aqueles que também que não são ditos tão claramente e que influenciam sobremaneira a vida de cada um. Na relação pai filho, acontece freqüentemente a disputa para que o filho não supere o pai. É de impressionar como vários filhos chegam até um determinado limite de desenvolvimento pessoal, profissional e emocional e não entendem como “as coisas acontecem de tal modo que nada mais prospera”. Este aspecto pode se generalizar para as relações profissionais, segundo o aprendido na base do relacionamento familiar.
Existem alguns casos em que as pessoas negligenciam a felicidade por que simplesmente acham que não tem o direito a ela. Todos podem e a merecem, menos ela. Se esse é o seu caso, quero que você pense um pouco. O que o diferencia dos demais seres humanos? Classe social de nascimento? Escolaridade? Idade? Raça? Gênero?
Sinto informá-los. Nada disso tem real valor. Estes são fatores externos e que pouca relevância tem quando tratamos o assunto fé e motivação. A redescoberta começa quando você re-descobre, descobre novamente, quais são os motivos da sua vida.
O que lhe move ou moveu um dia?
Esta é uma grande chave para você sair do marasmo, da mediocridade e passar a cuidar do seu direito à felicidade.
Você quer ser feliz? Eu lhe digo é possível, movimente-se! Está em tuas mãos, faça acontecer.
Ouse, liberte-se!