Miles from nowhere [ Cat Stevens]

Borboleta azul de minas veio me visitar hoje, dia 8 de 7mbro

- mas hoje nem é dia 8, diz-me a lâmpada-logical.

BA chegou a noite.

Eu digo: - Vamos até o bar mais famoso de Garibaldi, o Bar Joe. Mas não. Não vamos entrar lá. Vamos no bar em frente, o Bar do Corno (o Texasbar).

Bar de mesas de sinuca, fliperamas para magros-metaleiros-maconheiros!

Bar de banheiro fedorento e de cachaça vagabunda! NO outro bar não vendem cigarros e chicletes! As tesudas então, entram aqui para pegar isso daí ou outra coisa que não tem lá.

Eu quero dizer mesmo, bichinhos, que nunca fui homossexual. Nem machão ou ‘galo véio’. Não sou nada disso de que se possa ter orgulho. Eu queria dizer que num contato telefônico, consegui convencer Lou Reed a vir aqui e trazer junto com ele Cat Stevens. Os dois, me prometeu Reed, irão cantar suas musicas de tons graves. Puta merda, eu não posso ser mais claro do que isso. Não dá!

Escutem a musica do titulo acima. Escutem outra qualquer de Lou Reed, ai verão que deus, existindo ou não, é uma baita dum sádico!

- quisera mesmo ter dito filho-da-puta, mas a Nossa Senhora que tem na parede do quarto de minha mãe é tão linda, diabos! Tão linda que não posso ofendê-la...

Lou Reed, homossexual-viciado-sei-la-mais-o-que e Cat Stevens, estúpido-muçulmano-religioso-podre, cantam juntos hoje. Pra mim e pra ti, Borboleta Azul.

O Bar do Corno ta vazio, São 3 horas da manhã. Se sou ou não um deus, também sou sádico e obrigo Gato Estevão a cantar Miles from Nowhere umas 7 ou 8 vezes.

Eu estou no interior de Garibaldi (uns 25 km).

Borboleta Azul não veio. Nem Lou Reed.

Cat Stevens ta aqui no prato-preto.

Eu faço ele se arrebentar com essa musica linda.

Canta Gato. Canta mais uma vez...

5 de 7mbro de 1992