REPETIÇÃO DE ASSUNTO - Pergunte ao Doutor - 16

Dr. Márcio,

Acesso com freqüência sua página no Recanto e não quero que estou censurando, mas me informe porque seus assuntos sobre o modo de vida sempre repetem as mesmas dicas.

Antes de acessar sua página, lia muitos livros de autoajuda, mas aprendo muito com sua fala.

Repito, não pense que o critico, mas preciso compreender sua diretriz. – Obrigado

Robson, obrigado pelo pedido de revisão dos conceitos.

Quero dizer-lhe que tenho visto em minha página, uma busca maior por coisas alegres, sinal a meu ver de que as pessoas andam tristes.

Tenho procurado mostrar em meus artigos ‘repetidos’, que acredito firmemente na simplicidade das exigências da vida que se tornam difícil a partir da necessidade que criamos de complicar, ao contrário de simplificar.

Por exemplo, se sei que o conhecimento médico é pequeno comparado com o que se precisa saber e que a complexidade do ser humano criará cada vez mais novas doenças, de que me adianta sugerir ou apregoar que somos os médicos, totipotentes.

Sabemos que estamos caminhando a passos lógicos, às vezes; que usamos um método científico que nos permite confirmar ou infirmar nossas crenças.

Nossa rotina de humanos é muito prejudicada com a idéia de não podermos errar (milésima vez que falo isto, ou mais?), pois temos medo de sermos massacrados, ridicularizados, tornados menores.

Se, entretanto, já tivermos a consciência de que somos pequenos, nossa responsabilidade sobre o erro se torna menos pesada e com isto a possibilidade de erro não se torna marcada pelo medo. Podemos ousar mais, abrir a visão mais profundamente.

Vou lhe dar um exemplo pessoal que não está completo. Há muitos anos preocupo-me com a poluição dos combustíveis geradores de energia, pela queima, produtores de gás carbônico, responsável pela chuva ácida e outros agravos naturais..

Sabemos que construir carros com a queima do Hidrogênio seria algo maravilhoso, pois resultaria em água, mas sabemos que além de ser caro produzir hidrogênio por decomposição da água e posterior queima com faíscas elétricas, introduz dois problemas: de custo e de formação de ozônio na produção de eletricidade.

Assim, enquanto outras soluções viáveis como a decomposição da água por compressão da molécula e ulterior queima, formando novamente água, à custa de uma queima por faísca elétrica não aponta de forma racional, nada me impede de pensar em outras situações despoluentes.

Uma das coisa que a química nos ensina é que se borbulharmos o gás carbônico resultante da queima dos diversos produtores da molécula (CO2) em água (H2O), iremos obter o ácido carbônico (H2CO3). Se esta substância ácida for borbulhada em cal (CaO), obteremos o carbonato de cálcio (CaCO3) e água (H2O), lógico que associados a impurezas, que provavelmente encarecerão a despoluição, embora temos a certeza da utilização do carbonato de cálcio em uma infinidade de empregos, além da reposição do cálcio nos ossos, se ingerirmos em conjunto com o Colecalciferol (do grupo da vitamina D) e tomarmos sol nos horários que ele não nos prejudique.

Alguns amigos químicos estão me ajudando numa possível (?) solução para a separação e utilização (?) das impurezas.

Pode parecer loucura ou idéia megalomaníaca?

Em Israel está dessalinizando a água do mar pra torná-la potável. Caro(?). Para eles foi uma idéia viável e solucionadora de muitos males, como o reflorestamento em áreas desérticas.

Pode parecer que fugi do assunto, mas nos momentos em que me permito fugir dos estudos médico-psiquiátricos-terapeuticos-periciais-eletrônicos-elétricos-sonoros-hidráulicos-mecânicos-computacionais-botânicos-culinários-de alvenaria-manutenção de piscina, literários, monitorais e financeiros, dentre outros, costumo pensar nestas coisas. Além disto, me julgo capaz de amar meu próximo, ser um bom contador de piadas, palestrante, freqüentador de diversas mídias e ainda acho que posso fazer mais, como pensar na despoluição, no conhecimento das diversas crenças religiosas, na alegria de estar vivo e achando que quem para é poste ou medroso de errar.

Juro que não inventei coisas para me exibir. Meus amigos compartilham bastante destas idéias comigo.

Sou gênio? Não! Meu QI é normal, mas aprendi a desenvolver minha CR (capacidade de resolução) usando o método científico, minorado em sua rigidez pela ajuda do “Brainstorming” (pensamento criativo).

Não me preocupa agradar a ninguém, mas a mim mesmo. Isto é uma baita satisfação e contagia.

Aprenda, é fácil ser um burro criativo, sem medo de tentar e errar, errar e errar, para antever um acerto e quem sabe consegui-lo.

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