ENTREVISTA PUBLICADA EM 23/04/2008 - CAMARA BRASILEIRA DE JOVENS ESCRITORES

Cláudio de Almeida

Eu?

Cláudio de Almeida. Paulistano ardoroso por nascimento. Amante de Portugal por descendência. Professor por opção. Escritor? Sei lá se sou... Professor de História e Pedagogo fugi do curso de Direito no último ano e desisti de ser bancário depois de quase vinte anos tentando ser banqueiro. Hoje labuto na administração de uma escola pública paulista.

De repente, não mais que de repente, eu escrevia...

Sempre gostei de escrever. Estou até agora tentando aprender, afinal passar para o papel idéias, personagens e situações é imortalizar os próprios sentimentos. Escrever é estar livre é voar entre palavras e emoções. Cada personagem é único e poderá ser herói ou vilão, criança ou amante, sutil ou irreverente bastando, para isso, ser libertado. No papel cada um ganha vida.

Realidades que sonhei

Meus contos, quase sempre, têm como inspiração um fato real ou um personagem que de alguma forma fez ou faz parte de minha própria história, respeitando-se as devidas privacidades, já as poesias expressam momentos mais íntimos de meus sentimentos. Tanto um quanto o outro são lembranças que por vezes não cabem mais só em mim e ganham o mundo.

Compromisso

Como autor sou responsável pelo que escrevo. Como educador devo ser responsável com o que escrevo.

Preferências Literárias

Ler é parte integrante de minha profissão e autores como Machado de Assis, Drummond, Clarice Lispector, Mário Quintana, José Saramago, Camões, dentre muitos outros, fazem parte de minha vida acadêmica, entretanto, nutro especial carinho por Pablo Neruda, Guimarães Rosa e Fernando Pessoa, incomparáveis.

Não dispenso, contudo, a pesquisa e leitura de autores pouco conhecidos, iniciantes, que por vezes nos surpreendem em sensibilidade e criatividade. Quantos tesouros se escondem em velhos baús ou em cadernos surrados. Verdadeiros laboratórios de emoções.

Câmara Brasileira de Jovens Escritores

CBJE surgiu na telinha de meu PC e pronto eu estava irremediavelmente fisgado. Parabéns a quem de maneira tão simples faz pela cultura deste país um bem incalculável. Divulgar novos talentos é oportunizar a realização pessoal de inúmeros artistas que brotam mundo afora esperando apenas a sua vez de desabrochar.

Aos que iniciam

Antes de escrever é necessário que saibamos ler. Ler com os olhos de quem escreve. Transmutar-se. Ser o próprio personagem, viver suas aventuras, emocionar-se. Daí por diante tua pena correrá livre pelo papel e com ousadia conduzirás os que te acompanharem nessa empreitada de criar.

Claudio De Almeida
Enviado por Claudio De Almeida em 17/02/2010
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