Entrevista - ANGELINA NEVES (Educação e Literatura Infanto-Juvenil) - Moçambique - 1a. Parte

Angelina Neves, escritora e educadora moçambicana, tem dedicado toda a sua vida às crianças. Laureada por diversos órgãos e fundações, inclusive a UNESCO, ela permitiu-se falar de sua vida, lutas e convicções nesse depoimento a seguir, em um diálogo feito por meses a fio, durante o segundo semestre do ano passado:

1) A primeira pergunta, por mais óbvia que possa parecer, é um mar a ser descoberto. Por que as crianças? O que a levou para o mundo infantil em todos os desdobramentos de seu trabalho?

R) Por que as crianças? Porque o azul? Porque t-shirt e não camisas?! Talvez (quem sabe?), seja algum vírus que vem no sangue! Estou a brincar! Acho que provavelmente veio de eu ser a mais velha de 5 crianças que perderam a mãe quando eu tinha 9 anos (com cancro na cabeça) – os outros meus irmãos tinham: 8, 5, 3 e 1 ano – e o meu pai me ter abraçado e dito que “agora, como mais velha, tens de ser forte e tomar conta, defender e proteger os teus irmãos mais novos”... E eu aceitei o “desafio”, a responsabilidade...

Dois anos depois o meu pai estava doente com “escleroses múltiplas” (uma doença de degeneração dos músculos e ossos) e o vi morrer durante 10 anos, aos bocadinhos...

Depois, tentei sempre ficar à frente e defendê-los (éramos 5 "selvagens que invadiram" a casa da minha avó materna, que tinha tido 2 filhos e uma vida muito sossegada até essa altura! Além disso ela achava que nós deveríamos ter sido “divididos” pelos irmãos/irmãs do meu pai e só não o fomos porque a minha mãe obrigou o meu avô e o meu pai a jurar que NUNCA nos iriam separar.

Enquanto criança eu deixei de ter os “adultos” em consideração! Descobri muito cedo que eles: não eram “fortes” e não podíamos contar com eles para nos protegerem – morriam assim, sem mais nem menos ficavam doentes – além disso, não percebiam muito sobre a vida e andavam sempre a "guerrear-se", a fingir que sabiam tudo e mais que os outros, a mentir uns aos outros e a nós (as crianças), a dizerem e desdizerem coisas e tinham medo de tudo (dos outros, dos chefes, dos familiares, do que se dizia ou não dizia, dos protocolos e das modas, dos animais, de deuses e de demónios, da trovoada...),

eu sei lá! – eram seres “estúpidos” que não mereciam muita consideração da minha parte!

Aí eu fiz uma espécie de jura a mim própria: quando eu crescesse iria ser mesmo “adulta” e não uma criança disfarçada de adulta, iria

responsabilizar-me pelo que fizesse ou dissesse e não iria ter medo de nada nem de ninguém!

Quando crescesse queria ter um jardim zoológico cheio de animais à solta que ser dariam muito bem uns com os outros e iria adoptar crianças de todo o mundo, cada uma diferente das outras todas, e iria mostra como todos nos poderíamos dar bem e sermos felizes!

O que a levou para o mundo infantil em todos os desdobramentos de seu trabalho? Bom, as crianças, do geral, não têm voz que seja ouvida e considerada... Tem de ter alguém que fale por elas e as defenda de todo o género de “loucos” deste mundo.

A minha mãe, enquanto viva, e mesmo quando já doente (antes de estar mesmo muito doente depois de ter sido operada), contava-nos todos os dias uma história, depois do banho do fim do dia, antes do jantar. Era um momento “mágico” que eu tentei “reproduzir e dar continuidade” para os meus irmãos... (talvez isto caiba noutra pergunta: porque contos infantis?!)

Desde muito nova (16,17 anos) me interessei por psicologia e pedagogia e lia tudo o que podia e apanhava. Por um lado eu nunca fui muito boa aluna pois achava a escola muito chata e odiava tudo o que fosse para “decorar” = tudo o que a escola exigia! Por outro lado adorava ler e era capaz de passar umas férias inteirinha no escritório do meu avô a ler livros e a tentar perceber o mundo que me rodeava. Li um pouco de tudo! Tirava as minhas próprias conclusões!

Quando da “ultima guerra” – contra a “revolução” e dizem que “pela

democracia” – apareceram muitas “crianças da rua e na rua”, órfãs de guerra, abandonadas, perdidas, fugidas de famílias que as tratavam mal, ou da fome. Era preciso tentar duma ou de outra forma fazer algo por elas. Por outro, depois da guerra eram as “crianças soldados”... tantas crianças vítimas dos loucos dos adultos e das suas guerras inglórias... Fui conhecendo esta e aquela pessoa, navegando na vida por aqui e ali, e como sou curiosa fui estudando sobre todos os assuntos que se relacionavam com as crianças e os múltiplos problemas que enfrentam neste mundo que lhes oferecemos...

Xiiiiii! Isto já vai grande e poderia “escrever um livro” sobre cada uma das frases! Me desculpa! Se calhar podia só ter dito:

- Porque gosto de cores, risos, sinceridade, simplicidade e balões a voar!

2) Como era a vida em Moçambique, nessa sua adolescência?

R) Ummm... Tem várias versões dependendo do “ponto de vista” (como tudo na vida, no tempo, na história pessoal ou mundial!).

- “Bandos de pardais à solta”!

Vivia numa casa grande, tinha jardim com árvores de fruta, animais... E sempre brinquei na rua e “o mundo inteiro” era nosso! Andávamos em cima dos telhados e “roubávamos” fruta das árvores dos vizinhos (especialmente mangas, goiabas...)! Se por um lado eu pertencia a uma “elite” – a dos brancos descendentes de portugueses – por outro também pertencia aos “brancos de segunda”, uma vez que a minha avó e depois dela a minha mãe, já tinham nascido nesta “província portuguesa” – mas nunca notei muito a diferença. Talvez porque na

minha família os “valores” reais eram outros, internos, de honestidade, e não os externos, de ostentação, riquezas, estatutos...

Lembro-me, com uns 10 ou 11 anos, de um dia ter perguntado ao meu pai porque é que os "pretos" não iam à escola e ele me ter explicado o problema de uns terem mais oportunidades que outros e que não era uma questão de ser menos ou mais inteligente, menos ou mais importantes, menos ou mais responsáveis.

Em minha casa sempre tivemos de pedir por favor aos empregados e agradecer. Foi-nos sempre dito que nós não “mandávamos” em ninguém – assim como ninguém tinha o direito de nos bater ou dar ordens. Todos deveriam respeitar-nos e nós a eles. Então, num país colonizado, pertencendo eu “ao lado colonizador”, nunca me senti dona de nada nem de ninguém a não ser de mim mesma.

Se é verdade que na escola primária onde andei (até à 4ª. classe) só havia brancos, também é verdade que não dei por ela. Na secundária, já havia um ou outro “colorido”, mas confesso que também não me recordo de alguma vez ter “diferenciado” uns dos outros. Sinceramente, só me apercebi de que havia “racismo” e de que havia “discriminação” quando fui estudar para um colégio na África do Sul (coisa que era “normal” para as crianças de Maputo), aos 14 anos, e me deparei com o “apartheid” – achei uma coisa horrível e inconcebível que se discriminassem as pessoas pela cor da pele. Depois, analisando, verifiquei com tristeza, que no fundo, mesmo sem o apartheid, em Moçambique também se descriminavam as pessoas e foi um choque para mim.

Aí descobri outras coisas: a “exploração”, os movimentos de libertação, as revoluções... E aderi a todas as ideias de igualdade de direitos e oportunidades.

Em 1964, tinha eu 13 anos, começou a luta da FRELIMO (Frente de Libertação de Moçambique) no norte do país. A PIDE (policia de investigação criminal – uma policia politica) reforçou o seu trabalho de prisões, torturas, repressão.

Livros e discos e filmes e conversas e tudo o que lhes fazia frente eram censurados. Por isso, o ler livros proibidos, o ouvir discos proibidos, cantar canções “revolucionárias”, ter conversas proibidas, era muito “excitante” e tornava-nos em pessoas “grandes e especiais”, conspiradores contra a “máquina do poder”! Acho que isso nos ajudou muito a tomarmos consciência e a estarmos predispostos a apoiar todo o movimento de libertação dos oprimidos. E nenhum de nós queria ser Another Brick In The Wall!

3) Continua... fale agora da juventude, sua e do seu povo:

R) Esta pergunta tem vários conceitos que gostaria de “clarificar”! 1. Povo?!... Povo, será que a gente pode dizer que tem ou pertence a um “povo”?! Em 75 foi a independência deste país – eu era, queria muito ser, “povo”, como todos os outros que me rodeavam! Nessa altura, ser “povo” era uma honra porque tudo era feito “em nome do povo”, “pelo povo”, “para o povo”!

Mas em 1976, um ano depois, quando fui parir o meu primeiro filho, e como “povo” fui para o hospital (acabado de ser nacionalizado, como todo o sistema de saúde) e para as bichas. Primeiro rebentaram as águas e mandaram-me para casa até sair sangue. Três dias depois (já as águas estavam espessas) saíram umas coisinhas vermelhas e eu corri para o hospital.

Mandaram-me para uma enfermaria com mais não sei quantas mulheres, uma que gritava dia e noite, para esperar que dilatasse... Eu não dilatava e ninguém me ligava e ouvia as histórias e gritos de outras mulheres que ali estavam.

Como não conseguia estar deitada, andava de um lado para o outro e vi “uma fábrica de bebês” a virem uns a seguir aos outros, nem sei se os trocavam! E tive de fazer uma cesariana de emergência, tinha uma infecção e o coração do meu filho estava a parar. Depois da cesariana o meu filho teve de ir para uma incubadora para ver se estava tudo bem com ele (felizmente estava) mas a minha costura infectou toda e... julguei que ia sair dali sem filho, decidi, para sempre, que eu não queria, não podia, não aceitava, ser “povo”, porque eu nunca seria um “carneiro” seguindo as “ordens” vindas de cima, fossem elas de quem fossem! Assim, decidi que a minha luta seria para que ninguém fosse “povo”, mas todos tivéssemos o direito de sermos indivíduos respeitados, fossemos quem fossemos, estivéssemos onde estivéssemos!

Tenho sempre receio em falar em “povo”. Um povo é feito de pessoas individuais, diferentes, únicas! Podem falar a mesma língua, cantar e dançar as mesmas canções, ter o mesmo tipo de problemas, comer o mesmo gênero de comidas, mas cada uma é uma pessoa...

Claro que posso dizer que o “povo moçambicano” é um povo bom, pacifico, hospitaleiro. Gosta de festas, de rir, de conversar. Gosta de cores vivas. Que tem uma vida difícil e muita “paciência”! Mas, foi esse mesmo “povo” que se revoltou contra os colonialistas e foi esse mesmo povo que andou anos a matar-se uns aos outros, depois da independência, e que inclusive utilizaram crianças na guerra, cometeram atrocidades e destruíram escolas e hospitais pela, dizem eles, democracia... Também alguém te poderia dizer que aqui temos “vários povos” de acordo com as “tribos” a que pertencem! Falam-se 23 línguas locais diferentes e o português é a língua oficial...

“Povo”, na minha definição pessoal, é composto por pessoas que não pensam muito, não têm voz, “seguem uma voz vinda de cima” (pode ser um “Hitler” hoje e amanhã um “Fidel” e depois um XYZ!) desde que lhes toque em alguma “necessidade” (e há tantas!) que os faça ter “esperanças” numa vida melhor, e pessoas pacíficas e boas podem virar “defensoras dos bons” e matarem “os maus” (outros povos, outras tribos, os “diferentes”, vizinhos, família, velhos, crianças...)

Até que idade se é jovem?!

Quando eu tinha menos de 14/15 anos era-se jovem até aos 20 anos! Depois aos 21 anos já se era “adulto” e se começava a ser “velho”! Quando cheguei aos 16 (mais ou menos), a idade de se ser velho já era por volta dos 25 anos... mais ou menos.... e foi adiando sempre!, conforme eu ia chegando a essa idade!!! Agora que tenho 58 acho que “velhos” são os de 80 anos para a frente! Mas provavelmente vou morrer “jovem” aos 100 achando que os velhos são aqueles que já têm mais de 120! E se isto se passa a nível pessoal... Como se pode medir a “juventude” de um “povo”?! Se dizem que nós, humanos, somos a mais recente criação deste planeta, se comparados com outros seres somos ainda uns bebés que mal sabem andar, que ainda nem sabemos utilizar todo o potencial que temos, como poderemos medir a nossa idade?!!!

> De: Angelina neves <angelinaneves187@gmail.com>

> Assunto: Re: Entrevista - Pergunta 3

> Para: "Escobar Franelas" <efranelas@yahoo.com.br>

> Data: Domingo, 15 de Novembro de 2009, 5:26

Ontem estava a continuar a pensar em "Povo" e hoje, enquanto bebia o meu café' matinal saiu-me isto (não sei se "ajuda" ou "desajuda" para o que tu queres! Mas decidi enviar-te!):

O meu povo.

Quando ouço Gilberto Gil, Chico Buarque, Caetano Veloso, Bethânia, Gabriel o Pensador... Eu sou “brasileira” pois eles são o “meu povo” e o seu canto vem nas “minhas raízes”! Quando danço os Beatles ou canto com Louis Armstrong ou com Pink Floyd, Andrea Bocelli ou Jacques Brel eu sei que sou “inglesa”, “americana”, italiana, francesa! Quando danço a marrabenta sou moçambicana! Sou indiana como Gandhi e sou chinesa quando brinco com o I Ching! Sou cigana por “romantismo”! Mas eu também pertenço à Rússia quando leio Leon Tolstoi... Quando leio “Cem anos de solidão” eu sei que venho desse preciso local, que foi dai que todos os meus antepassados vieram e para onde foram!

E também pertenço ao mundo de Hemingway, de Mia Couto (“Como se sabe se o caracol anda perdido se toda a terra é seu caminho”...), de Sartre, do Fernando Pessoa, Eugénio de Andrade, Sofia Melo Breyner Anderson (“Nenhuma droga me embriagou me escondeu me protegeu. Enfeitei-me de flores e mastiguei o amargo vivo das ervas. Porque pertenço à raça daqueles que mergulham de olhos abertos. E reconhecem o abismo pedra a pedra anêmona e anêmona flor a flor.), de Neruda e como o meu “irmão” Carlos Drummond de Andrade me pergunto: “Por que nascemos para amar se vamos morrer? Por que morrer, se amamos? Por que falta sentido ao sentido de viver, amar, morrer?”

Eu brinquei com dinossauros, fiz parte de cortes e fui vendida como escrava... Vivi na 1ª. Guerra Mundial e na Segunda também... Fui judia e palestina... Eu pertenço a milhões de mundos, ideias, gentes, com que escritores conhecidos e desconhecidos preencheram a minha vida com imagens e filosofias que fizeram crescer em mim “raízes” imensas que ocupam a Terra inteira!

O meu povo é feito de todos os que me tocaram duma ou de outra maneira! E eu tive a felicidade de poder contactar, abraçar, ler, falar, ver e reconhecer-me em todas as raças, nacionalidades, linguagens, condições, profissões, de todo o mundo! Há quem chame a isso: ser “desenraizada”! E isso para mim é uma honra! Acho que está na altura dos seres humanos tomarem consciência que deixaram de ser plantas há já muitos séculos! E não devem ficar presos a um lugarzito qualquer! Que os animais, se têm raízes, elas são internas, feitas de mil teias de ideias e se podem espalhar pelo universo!

“A primeira coisa a se fazer era fugir de uma certa feiúra, burrice, pobreza ou caipiragem, todos elementos ligados à cor” – havia uma coisa que Samora Machel muitas vezes falava, e a mim me “chocava”, era sobre o “complexo do mulato”. Ele dizia que os mulatos tinham muitos problemas em se aceitar porque na maioria queriam ser “brancos” e “negar a parte negra”. No entanto, os “brancos” (racistas) não os aceitavam como brancos e eles sofriam com isso pois como “macacos de imitação” queriam imitá-los em tudo. Assim, Samora Machel dizia que os mulatos, em Moçambique, quer quisessem, quer não quisessem, eram “pretos” e pronto!

Eu sempre achei que “essas coisas” de cor não tinha “nada a ver com nada”.

Na verdade, ainda hoje acho que muitos dos problemas do nosso mundo são absolutamente falsos e simplesmente dependem da maneira como a gente se olha (para si próprio) e aceita, sem pensar nas definições que nos são dadas como “valores”. Por exemplo, em 1992, eu tive a sorte de poder participar num “workshop” dado pelo Ziraldo, aqui em Maputo. Nesse workshop eu era a única branca, a única “velha” (tinha 39 anos e os outros participantes tinham todos entre 19 e 23 anos), era a única mulher... e “adorei”! Se fui “discriminada” foi pela positiva, em carinho e respeito. Mas, eu nunca me olhei como uma cor, uma idade, um sexo... eu sempre me olho com um ser humano com direitos e responsabilidades. Talvez por isso, durante a vida e em várias situações diferentes eu, se fui “descriminada”, não dei por ela! Sempre penso que as pessoas que são “ofensivas ou malcriadas” não é porque eu sou “branca” ou “mulher” ou outra coisa qualquer discriminativa, são assim porque são “mal-educadas/malformadas” e isso nada tem a ver com uma cor ou idade ou sexo, mas da educação que tiveram.

Os problemas de “educação” e de “valores” dados no nosso mundo são simplesmente horrorosos na maior parte dos casos e ninguém pensa muito nisso e acha-os “válidos” e naturalmente “para preservar”! Começa com as histórias dos “livros sagrados” (de todas as religiões!) e a história de heróis de todos os povos! Tens sempre um deus vingativo e invejoso que condena os pobres humanos a terríveis torturas para toda a eternidade! Tens sempre pessoas que viram heróis ou santos porque mataram pessoas diferentes, apelidadas de “demônios”, “inimigos” ou “traidores”... Quem é “bom” tem de ser “XYZ” (coisas exteriores, claro!) e quem é mau é na certa “ZYW” (exteriormente e de acordo com o local, tempo, cultura)!

Há pessoas que fazem plásticas para não terem rugas! Há pessoas que fazem dietas para serem “Barbies” ou tomam coisas para serem “Rambos”! Há pessoas que pintam o cabelo e furam-se todas conforme as modas! Há pessoas que sacrificam saúde, alegria, felicidade para serem ricas ou terem um “estatuto” ou poderem mandar nos outros! Não faz muito sentido, mas as pessoas matam-se por coisas estúpidas – por vezes nem parecem estúpidas. O problema é que quando chegam ao “poder” o que na realidade imitam e implementam é exactamente o mesmo que condenaram nos outros!

4) Tratando do assunto mestiçagem, creio que você conheça Euclides da Cunha (autor de "Os Sertões"), e um dos autores que mais se

aprofundaram no assunto...

R) Essa é fácil: Não conheço e tenho pena. Tenho um amigo que gosta muito dele e sempre me fala dele quando falamos de escritores que utilizam palavras “novas” com origens em línguas locais (como o nosso Mia Couto!). Mas nunca tive a oportunidade de lê-lo, nunca cruzei (que eu saiba) com um livro dele. Também acho que se calhar já poderia ter pesquisado na net mas... falta de tempo e lembrança... abraço.

(continua em publicação neste Recanto, em 02/05/10)