NA BEIRADA DO CAMINHO

454 -O que o tal fazia?

-Quem tiver uma dor de barriga, e se encontrar sozinho,

imagine o que ele faria, na beirada do caminho!

455 -Sobre o verbo pegar.

-Um violinista pegou, no rabo de um cavalo,

queria fazer um arco, teve um coice de estalo!

456 - Que arco?

-Que não era arco pra flecha, isso posso te afirmar,

mas um que conteria cerdas, pra violino tocar!

457 -Que é cerdas?

-Fios de rabo do cavalo, que um dia me embaracei,

caí um tombo tão grande, que eu até desmaiei;

quando acordei do desmaio, com o cavalo briguei!

458 -Mais uma, professor.

-Impressionado fiquei, numa certa ocasião:

vi um bêbado com uma dentadura, colada em sua mão.

Tentou colocar na boca, com uma cola de amargar,

colou seus lábios também, e não pode mais falar!

459 -Mais, pitorescas.

-Das coisas bem engraçada, que eu pude assistir,

foi ver um rinoceronte, tomando um elixir!

460 -E sobre pássaros?

-Sobre isso faço um dito, e uma dissertação;

pois um dia vi um piloto, saltar de um avião,

o pára-quedas não abriu, mas não houve confusão,

nas azas de um grande pássaro, teve a sua salvação!

461 -E sobre a lentidão?

-Uma tartaruga lenta, e uma lebre veloz,

nunca apostariam corrida, pois ficariam a sós.!

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