Lúcia Constantino
                                                    (Clique!)
                                              (comentários)
 
                        A Agonia da Rosa Azul (e-livro)
     Poema ligeiro como a rosa da manhã, para lembrar talvez um verso de Omar Khayyám. Rosas, rosas!
 
              
 
                                   À meia-luz
      Prendo a respiração e exclamo baixinho: "Meu Deus!", ao voltar a este poema quase irretocável. 
     Peço-te, apenas, que repare um possível descuido na última estrofe: 
             Fechados os portais tristonhos, 
            confunde-se, ó meu coração. 
            Quebram-se os espelhos. 

       Não seria, aí, 'confunde-se o meu coração'?
       Certamente voltarei a este poema. Impressiona, encanta, desfaz nossas amarras.
 

 
 
                          À Sombra do Mestre
     As duas estrofes finais se encontram totalmente fora da Terra, em outro plano, outra esfera, outra dimensão - a dimensão do sonho infinito. Num crescendo, o poema acaba explodindo esteticamente nessas duas estrofes.
 
 
 
          A Vida Após a Morte dos Animais (e-livro)
     Li "A vida...". E li os comentários. Então os animais possuem alma?!
 
 
 
                                   Ainda (prosa)
     "Ainda", o título. Introduz o enunciado e a ele se integra. Já o texto, esse possui fragmentos (porções) iluminadas pela originalidade e outros cuja fragilidade literária nos entristece.
 
 
 
                         Algum Milagre (prosa)
     Reli-o contrito, lembranças antigas me travando a voz.
 
 
 
                        Amor Profundo
     Um amor profundo torna a vida calma.
     Rio que atravessa um mundo
     Pra dormir na foz da alma.
 
     A Constituição do Brasil tem cláusulas pétreas (que não podem ser alteradas nem retiradas). O Recanto das Letras tem versos perenes, quais estes. Parabéns, menina!
 

 
 
                         Amor? Que Amor?!
     Artigo ácido, pleno de mágoas, desencanto e dolorosa filosofia. 
     Não pertence ao círculo de teus melhores textos. Mediano. Falta maior realização artística; não passa de um desabafo momentâneo. 
     Os comentários, porém, valem ouro. Amigos como nunca. Comentários-pétalas, lançados em tua trajetória em triunfo.
 

                                         ***
     Há no entanto um aspecto, uma faceta que torna teu texto contundente, social, prático, aplicável à Humanidade, à maneira de um sermão do Padre António Vieira: a indignação, divina enquanto manifestação de justa ira; a revolta, que mobiliza corações e mentes rumo à justiça, ao conforto do próximo, ao bem. 
     De textos assim é que emergem grandes movimentos de solidariedade, de carinho coletivo, de bondade sem dono ou nome. 
     Sentimentos...
 

 
 
                    Antoine de Saint-Exupéry (prosa)
     Talentos perpetuando talentos, num memorial singelo por ti construído, Lúcia. Antoine te ama, nuvens afora.
 
 
 
     Ao por de sol de dezembro
     Como o vento que sopra
     sobre o cume das montanhas
     e sobre o pó da terra,
     assim se debate a minha alma
     nessa imensidão de abismos
     que sobem, que descem
     que forescem, fenecem.
 
     A existência é essa fragilidade
     entre a pétala que cai
     e a pedra que forma a cidadela.
 
     Entre essa lágrima que rola
     como pérola viva vinda da dor
     para ir a lugar nenhum
     e essa estrela da noite
     que espia os jardins dormindo.
 
     O resto é essa voo sobre dias e noites
     quando o espírito plana
     entre a alegria e a dor.
 
     Apenas uma ave em busca do ninho.
 
     Poema de incontestáveis méritos. Um quase salmo. Expressa a amargura de quem nada mais espera da vida. Sem máscaras sociais. Sem medo. Palavras remetendo a conceitos "in extremis", ou melhor: lamentos de quem se desgarrou da tábua de salvação. E fim.

 
 
 
               Ao Senhor dos Mundos (e-livro)
     Li "Ao Senhor dos Mundos", hoje, ao amanhecer.
 
 
 
                         Apascentar-se
     Li-o com humildade.
 
 
 
                         Apenas uma prece
     Li superficialmente (costumo reler, no mínimo, para falar algo) tua prece. Ela não parece, É fervorosa! 
 
                                 
 
                    Ao Mestre de Assis 
     Relembrando 4 de Outubro, dia do Mestre de Assis
 
Francisco, sou uma sombra enegrecida
pelo sol, que me doou a cor de uma saudade.
E hoje, só peço uma licença à vida
para ter, no infinito, a tua claridade.
 
Francisco, nas luas que contemplo
sinto teu cordão atado ao universo.
Ah, quem me dera mergulhar no teu exemplo
e derramar no mundo a beleza dos teus versos.
 
Francisco, a quem Deus, um dia, ensinou
a doar a cada ser vivente seu incondicional amor
tuas sandálias ainda ouso procurar.
 
Na imensidão de minhas mágoas,
mesmo com os olhos rasos d’água,
eu tentarei com elas caminhar.

     Coesão. Coerência. Correção. Clareza.  Concisão. Elegância. Precisa seleção vocabular, imprescindível à completa realização literária. 
     Ainda assim, o poema me parece um tanto artificial, montado racionalmente, e não escrito com a explosão de sentimentos incontroláveis que o santo merece.

 
                                    ((((*****))))

        Voltando posteriormente ao soneto, peço perdão: é ele de uma beleza límpida, floral, autêntica, desmaiante.
 
 
 
                              Cantares (e-livro)
     "Cantares": devidamente lido, com fervor.
 
                      
                              
               ...contemplar os campos de trigo
     A elevação de tua alma ao produzir estes versos me arrastou junto. E agora, como desço?!
 
 
 
                                   Deixe-me
     O poema, grande; eu tão pequeno... Diria eu das metáforas, dos símbolos, das implícitas alegorias... E pouco afinal diria --- pois bem maior é teu paraíso de palavras. 
 

 
 
                         Di Profundis (e-livro)
     Li-o: curto como um adeus.
 
 
 
          Dimensão da Noite
     Teu olhar mudo.
     Uma sombra toma-me pelo pulso.
     Réstias de luz são meus vultos,
     meu país é o crepúsculo.

     Derrubo os muros,
     mendiga de sol e ventos
     que tragam lá do futuro

     fontes pro pensamento...

     Cai a noite, noite inquieta...
     suspeita de mil anjos adormecidos
     Nenhum portal, nenhuma seta.
     Só um silêncio vivo.

     E a última estrela no céu
     é acendedor dos esquecidos.

 
     Um poema de metáforas fortes e inspiração cristalina. Um poema você, Lúcia.
 

 
 
                              Doce gosto de Paz
     Um polipoema. Imagens originais, de brisa feitas. A grandeza lírica impera no texto. Comentários honestos.
Falei tão pouco! 

 

       Leia mais opiniões sobre ela em E-livros:
      
Lúcia Constantino (comentários) 

 

Enviado por Jô do Recanto das Letras em 12/08/2012
Reeditado em 15/01/2013
Código do texto: T3826033
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