De Uruana para o mundo

O escritor Dhiogo Caetano busca nas palavras mostrar a “sociedade dos esquecidos”

Aos 25 anos, Dhiogo Caetano tem um currículo de dar inveja para qualquer pessoa que sonha em se tornar escritor. Nascido na pequena cidade de Uruana, na região do Vale de São Patrício, desde muito cedo Dhiogo se fascina com as palavras e aos dez anos ganhou o primeiro prêmio na categoria redação juvenil com o tema “Segurança e cidadania no trânsito”, concurso organizado pelo Denatran em setembro de 2002. Os temas abordados nos versos do escritor buscam enfatizar os esquecidos pela sociedade e também os contextos sociais.

Desde muito cedo, Dhiogo se preocupa com a realidade social, humanitária e educacional do mundo. Diante desses fatos, o escritor busca levar a mensagem dos bestializados, daqueles esquecidos por uma sociedade “injusta e profundamente corrupta”. O escritor utiliza das redes sociais para divulgar o trabalho. “As redes sociais são uma ferramenta de extrema importância de divulgação. Utilizo todas elas: twitter, facebook, blog e instagram”, comenta.

Dhiogo já lançou dois livros e tem participação em 35 antologias literárias nacionais e internacionais. Em entrevista ao DMRevista, Dhiogo Caetano fala sobre os primeiros versos, a literatura e os prêmios que já ganhou ao longo dos anos.

DMRevista: Como você começou a escrever?

Dhiogo Caetano: Comecei a escrever os meus rabiscos na infância. Gosto de escrever textos que descrevem a realidade e vice-versa. Busco fazer uma miscelânea de temáticas do cotidiano, adoro escrever com alma e expressar a verdade vivenciada no meu dia a dia. Acredito que o escritor é o “senhor do tempo”, ele tem o poder de eternizar fatos, momentos, amores; e salvar vidas através da sua arte de transcrever o mundo a partir de versos, prosa, crônicas e belos poemas.

DMRevista: Qual é a sua formação acadêmica? Ela te ajudou a se tornar escritor?

Dhiogo Caetano: Sou graduado em História pela UEG - Universidade Estadual de Goiás, pós-graduado em História do Imaginário e Literatura pela FAI e sem sombra de dúvidas a formação acadêmica me proporcionou um crescimento intelectual, ampliando a minha visão de mundo.

DMRevista: Que livros/autores mais marcaram a sua vida?

Dhiogo Caetano: Os Caminhos de Mr. Shanker, de Leda Aragão, O medo da morte: Philippe Áries, O medo da morte no Ocidente Médio: Jean Delumeau, Euclides da Cunha: Os Sertões, Guimarães Rosa: O Grande Sertão: Veredas, Cora Coralina com sua fabulosa poesia e tantos outros.

DMRevista: Em sua opinião, qual é a importância da literatura?

Dhiogo Caetano: A literatura é um terreno do saber, uma fórmula onde se mistura educação, arte, liberdade e expressão; importantes armas que podem mudar o rumo do nosso país e do mundo, rompendo com as mazelas e com a excessiva manipulação e exploração da massa. Nas margens da sociedade estão os “bestializados”, os esquecidos, os excluídos pelo sistema; aqueles que não leem, porque não têm acesso a este mundo mágico e transformador que é a literatura.

DMRevista: Você tem algum ritual para escrever?

Dhiogo Caetano: Os meus textos nascem de forma simples, o momento e as pessoas me inspiram e a qualquer momento coloco em prática a minha arte de escrever e descrever a realidade e o mundo que me circunda.

DMRevista: De onde vem suas tramas? Quais temas você mais trata e por quê?

Dhiogo Caetano: É interessante a minha forma de escrever, de forma súbita me surge uma nova ideia e rapidamente coloco tudo no papel. Quando vou escrever sempre penso nos meus leitores, procuro pensar como eles pensariam; tentando sempre me aproximar dos mesmos, pois são eles que alimentam a minha arte de escrever. Como diria a nossa gloriosa escritora e poetiza goiana Cora Coralina: “Feliz aquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina”. Gosto de falar sobre o amor, a vida, o mundo, as pessoas, os comportamentos, o cotidiano.

DMRevista: Você está trabalhando em algum livro atualmente?

Dhiogo Caetano: Estou escrevendo uma trama romântica: Romãs Proibidas.

DMRevista: Que livro você gostaria de ter escrito e por quê?

Dhiogo Caetano: O medo da morte no Ocidente, porque a morte é um dos temas que me fascinam.

DMRevista: Alguma peculiaridade em sua carreira que vale ser destacada? Algum fato inusitado?

Dhiogo Caetano: A indicação para o prêmio Medalha de Excelência para as Figuras mais Influentes, pela Waldenburg International College e pelo Conselho Internacional para os Direitos Humanos, de Arbitragem e de Estudos Políticos e Estratégicos (Ichaps) - categoria Homens das Letras, Pensadores e Cientistas.

DMRevista: Quais títulos você já publicou?

Dhiogo Caetano: O medo da morte, "O menino do futuro" (disponível impresso e na internet), "Walppher" – exclusivamente digital –, dirigido ao público infanto-juvenil e participação em mais de 35 antologias literárias nacionais e internacionais.

DMRevista: Quais prêmios você recebeu?

Dhiogo Caetano: Artista revelação 2011, prêmio organizado pela Interarte juntamente com Academia de Letras de Goiás, ganhador do prêmio cultural Interarte 2012, Prêmio Nacional Olavo Bilac 2012, Prêmio Nacional Buriti 2012. Correspondente das academias: Aclac - Academia Cabista de Letras e Artes, Artpop - Academia de Arte do Rio de Janeiro, CACL - Academia Marataizense de Letras do Estado do Espírito Santos, membro da AVSPE - Academia Virtual Sala dos Poetas, Escritores, membro da Acla, membro da Abla, comendador da ALG - Academia de Letras de Goiás Velho, correspondente da Academia de Letras do Brasil/Suíça, embaixador da Paz (Orgaran), Secretariado Permanente da Assembleia Internacional e Templários, Militar do Dever Sagrado, Extraordinary Member of the CSLI e Master Sergeant CSL.

DMRevista: Você gostaria de acrescentar mais alguma informação?

Dhiogo Caetano: Quero dizer que não sou nada diante da vastidão que me circunda. Nada é meu, nada me pertence! Sou só um navegante, ou melhor, um aprendiz de navegante que neste oceano existencial procura ser simplesmente mais uma gotícula em meio à infinitude líquida que compõe o vasto mar. Nada sou, sou nada, nada é meu, meu é nada, simplesmente nada, nada simplesmente sou!

Link: http://www.dm.com.br/jornal/#!/view?e=20140417&p=25

JÉSSICA FERNANDES - DIÁRIO DA MANHÃ
Enviado por Dhiogo J Caetano em 17/04/2014
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