Jô Soares Entrevistando Dilma Rousseff
Assisti, por curiosidade, a tão recriminada entrevista do Jô Soares à presidente Dilma Rousseff.
Sutil e educadamente  Jô Soares perguntou à presidente da República o que muitos de nós gostaria de perguntar e ouví-la explicar. Eu pelo menos gostaria.  
Aliás, há muitas outras coisas das quais não foi lhe perguntado que eu gostaria de saber, como por exemplo de seu e do envolvimento  ex-presidente Lula, no caso da Petrobrás.
Nos EUA, quando o presidente fala em cadeia nacional, todos param para ouví-lo. E o povo americano o ouvem com respeito. Os republicanos e  os democratas querem saber o que tem a dizer a pessoa mais importante do país, aprovando-o, ou não.
Os americanos querem saber se o que o presidente vai dizer afetará direta ou indiretamente suas vidas. Ao invés dos brasileiros prestarem atenção no que diz aquele que assumiu um mandato autorizado pela maioria de seu povo se propõe a fazer, preferem ignorar ou simplesmente xingar, sem ouvir o que este tem a dizer.
Depreciar as autoridades que estão no poder vigente, xingá-las, ridiculariza-las etc., não vai levar ninguém a buscar e/ou encontrar soluções para problemas que deveriam ser sanados não somente pelos governantes, mas também, por todos os cidadãos brasileiros. É lamentável que as pessoas não se interessem em se concentrarem naquilo que é realmente importante, como por exemplo, reivindicar seus e os direitos de seus filhos.
Muitos pais não querem assumir suas responsabilidades, e não fazem suas partes educando e auxiliando às escolas a ensinarem seus filhos a aprender. Os pais esquecem que os filhos passam apenas quatro horas nas escolas e o restante das horas do dia em suas responsabilidades.  E, com muita facilidade abrem suas bocas para dizerem que o ensino é péssimo. Sem saberem, os  próprios pais, criticam a si mesmos.

Algumas pessoas optam pela comodidade e berram contra àqueles a quem denominaram cuidadores e administradores de seus interesses.
Decidem que o candidato escolhido para governar não é capaz, mas não sabem indicar um substituto capacitado para fazer o que a população espera que seja feito (o importante se transformou em votar contra).
No Brasil a honestidade é algo que não é considerada importante. A honestidade não é ensinada, logo não é aprendida. A honestidade é cobrada sempre das demais pessoas.
Quando na verdade,  algumas pessoas, ou pelo menos, a maioria delas, gostam de levar vantagens; gostam de sonegar impostos; gostam de aceitar empregos por baixo dos panos etc..
A maioria daqueles que xingam, as autoridades, se ocupam de palavras vazias, ao mesmo tempo em que negligenciam a educação de seus próprios filhos. Essas pessoas não   contribuem fazendo denúncias (ajudando  seu próprio país) à tudo aquilo que veem de errado, pois aprenderam a conviver com as coisas erradas e a somente reclamar delas. 
O brasileiro prefere ter do que reclamar, do que concentrar sua energia em função de mudar a “cara” de seu país.
 Acredito que, quando o país evoluir à categoria de que cada cidadão  possa se incluir nas responsabilidades dos avanços e

dos retrocessos do país muito provavelmente, o país evoluirá.
Ao dizer que “eles” (todos os que pensam diferente de si) são obtusos, são insipientes, a pessoa em questão, no mínimo, se exclui, por se achar mais evoluída, mais capaz, mais inteligente, que as demais pessoas.
Eu sei quem é o Jó Soares, mas o Jó Soares não sabe quem eu sou.
Eu sei quem é a Dilma Rousseff, mas  a Dilma Rousseff não sabe quem eu sou.
O que o Jó Soares e a Dilma Rousseff conseguiram conquistar em suas vidas, foi por meritocracia. Ambos são pessoas inteligentes e capazes.
Gostar ou desgostar dessas duas personalidades em questão, não afeta o trabalho de ambos. Na verdade, tanto os que gostam quanto aqueles que desgostam  dos dois, os elegem ao elogiarem, ou, também, os elegem aos criticarem .
Eu que gosto do Jó Soares, não o propago. E nem assistiria à essa entrevista, não fosse pelos comentários que encontrei pelas redes sociais. 
Eu que, apesar de não gostar dos resultados dessa política que está no poder, gostei de ouvir a presidente falar sobre o que pensa e sente a respeito do exercício de seu mandato.
Há quem não saiba sequer o que significa a palavra mandato. Há quem não saiba sequer o que está sendo cumprido e o que falta ser cumprido por este governo. Há quem não saiba sequer o que é da responsabilidade do governo federal e dos governos estaduais e dos governos municipais.
Eu sugiro que as pessoas leiam mais, inteirem-se mais, participem mais e xinguem menos. Xingar não dá camisa à ninguém.
 Há quem pense que basta dizer que a Dilma é burra, para se transformar em alguém inteligente. 
  O brasileiro, em sua maioria, vê e compreende a política do mesmo jeito que compreende sobre futebol. Ou seja, o importante é escolher o time e torcer por ele, “no matter what”.

Outra palavra que a maioria deve buscar o significado dela é a palavra democracia.
Talvez, também, encontre pelo caminho a palavra respeito.
 
Mari S Alexandre
Enviado por Mari S Alexandre em 16/06/2015
Reeditado em 26/07/2015
Código do texto: T5278820
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