A Cirurgia Plástica Atual

CIRURGIA PLÁSTICA ATUAL

O que as pessoas necessitam saber

Dra. Suzana Heemann conversando com o Dr. Pedro Martins

Cirurgião Plástico

Chefe de Cirurgia Plástica da PUCRS

Diretor de Eventos Científicos da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica

A palavra plástica é originária do grego “plastikós” ou do latim “plasticus” que significam dar forma, moldar. Portanto, toda atividade que trata da forma é plástica. O artista plástico e o cirurgião plástico são profissões bem diferentes mas, tanto uma quanto a outra, são plásticas porque trabalham com formas.

O cirurgião plástico atua na matéria prima mais nobre que Deus criou, o ser humano, que pensa e se expressa para manifestar as suas expectativas e ansiedades. Por isso não basta só ter talento, é preciso principalmente, ser um medico com boa formação, com profundo conhecimento cientifico.

Muitas pessoas, às vezes, confundem cirurgia plástica com outros procedimentos como os preenchimentos, botox e laser, por exemplo, que também podem ser executados pelo cirurgião plástico para complementar uma cirurgia ou para tratar alguns casos específicos que ainda não necessitam de operação.

Qualquer cirurgia plástica deve ser realizada em sala de operações, em clínicas ou ambiente hospitalar. Instrumental e material cirúrgico devem estar esterilizados, assim como toda equipe cirúrgica deve usar roupas próprias e luvas para evitar qualquer tipo de contaminação. Sempre é necessário algum tipo de anestesia. A maioria das cirurgias plásticas, podem ser realizadas com anestesia local com sedação ou peridural. Geralmente são operações feitas em carater ambulatorial e raramente necessitam mais de um dia de internação.

Nas duas ultimas décadas, especialmente no final do século passado e começo deste, as cirurgias plásticas alcançaram grandes avanços, tanto nas reparadoras quanto estéticas. Isso se deve às novas técnicas, equipamentos mais sofisticados e materiais cirúrgicos de melhor qualidade.

Atualmente, procura-se minimizar as cicatrizes tornando-as menores e posicionado-as em locais menos perceptíveis. Há cirurgias como as realizadas por vídeo ou as lipoplastias (lipoaspiração e enxerto de gordura) onde as cicatrizes não ultrapassam a dois centímetros de comprimento.

As próteses de silicone estão cada vez mais evoluídas. Possuem revestimentos especiais e o gel coesivo não vasa do interior da prótese, se o seu invólucro for perfurado.

Estão em andamento vários trabalhos experimentais com o uso de células tronco em cirurgia plástica, alguns já com aplicações clínicas, como nas reparações de nervos periféricos.

Graças ao grande desenvolvimento que a biologia celular e molecular tem alcançado ultimamente, certamente, nos próximos anos a medicina deverá ter uma evolução fantástica.

A cirurgia plástica, também acompanhará essa verdadeira revolução, mormente no que diz respeito às células tronco que têm a capacidade de substituir as células danificadas nos organismos adultos. Aguardemos.

Suzana Heemann

Suzana da Cunha Heemann
Enviado por Suzana da Cunha Heemann em 29/04/2008
Reeditado em 18/05/2008
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