A Musa e o Poeta

Ela diz ao Poeta:

Poesia maravilhosa, que coisa mais linda, todas as pessoas que lerem se sentirão felizes eu sei, porque eu estou me sentindo feliz ao ler.

Não sei explicar só sei que a poesia entrou em meu espírito e eu acreditei nela.

Ele Responde

Eu a fiz pra você

Já que esta acordada, vamos falar um pouco.

Ela diz:

fala

As palavras têm muita força

Lindo, lindo o que escreveste.

Ele diz:

Quero mais de você

Quero muito mais de você

Se doe mais pra mim

Não se mostre, mas se descreva.

Diga-me como é seu pé

Detalhe ele pra mim

Mostre cada poro da sua pele

Descreva a curva do seu tornozelo

Da sua coxa

Descreva a sua boca sem batom

Seu pescoço

Seu nariz

Sua orelha

Fale-me do seu cabelo

Mostre-me seu corpo! Não!

Deixe sua mão me revelar seu corpo

Deixe ela te desenhar pra mim

Centímetro por centímetro

Somente ela pode

Porque ela te toca

Deixe ela te tocar

E assim o toque dela será o toque de minha mão em seu corpo

Me de você por inteiro

Faça-me conhecer seu Universo inteiro

Deixe-a revelar seu olhar

Deixe-a definir seu beijar

Deixe-a escancarar seu pensar seu sonhar seu amar

Deixe ela te entregar as minhas mãos.

Ela diz:

Não descreverei!

Ele responde

Por quê?

Por quê? Negas-me a sua poesia

Por quê? Não me deixa ter mais

Sinto você tão perto

Por quê? não posso ter mais

Ela diz:

Na poesia já diz tudo

Ele responde:

Queres que eu diga o numero que calça

Queres que eu diga a cor que pintas a unhas

Queres que digas o seu tamanho

Não é justo eu saber tudo

Quero que me digas o que sua mão revela

Não precisa ser o que o espelho revela

Tem os pés pequenos como o de uma criança

E suas mãos pequenas

Tens o que meu coração precisa e o que ele não precisa

Não se esconda de mim

Ela diz

Na poesia já diz tudo

Ele diz:

Não! Não diz

A poesia diz o sentimento

A poesia diz a alma

A poesia não diz toda a verdade

A poesia esquece a sinceridade

A poesia engana

Estou falando do Ser poder se achar sem se ver,

Mas sabendo que existe um ser

a querer entender o seu viver

Seu caminhar é poesia

Mas não lhe vejo caminhar

Seus olhos! Poesia, mas não os vejo.

Seu pé é poesia, mas não o vejo.

Quero mais de você, preciso ter mais.

Não quero escrever uma mentira

Posso escrever o que sua mão revelar e assim me inspirar

Mas não apenas uma fantasia

Ela diz

Tu sabes tudo, eu acho.

Ele diz

Tudo bem meu Anjo eu não vou insistir

Respeito sua vontade que seja assim então

Ela diz:

Durma bem e sonhe

Ele diz:

Sim vou dormir

Ela pergunta

Quem me trai?

Ele diz:

Sua mão!

Uma hora dessa ela vai te trair

E vai te revelar toda pra mim

Vai te descrever toda

E você nem vai perceber

Ela diz:

Obrigada por tão bela revelação.

Eu acredito em você.

Ele diz

Agora vem para os meus sonhos

Vem ficar bem juntinho de mim porque está frio

Vamos poetizar em nossos sonhos

Vamos amar nossos amores em textos em nossos sonhos

Então acredite

Vou te amar em sonho

Vou te deixar muito feliz essa noite

Vou me entregar em sonho para você

Vai me reconhecer todo

E vai me ter mais confiança amanha

E mais ainda depois

Boa noite

ela diz

Obrigada, obrigada, obrigada sonhe, sonhe, sonhe

Ele responde:

Meus lábios vão tocar os seus

Minha mão tocar a sua

e sua mão vai mostrar seu corpo todo pra minha

Vou sentir sua pele arrepiada

Vou sentir seu corpo tremulo

Vou sentir seu calor interno e externo

Vou sentir seu cheiro de flores do campo

Vou te sentir toda

E vai me sentir por fora e por dentro de você

Ela diz

Durma! Se não vai sonhar!

Ele responde

Já Estou sonhando

Você é meu sonho

Quando acordar nada será sonho tudo será real

Quando acordar vai estar molhada

O cheiro do meu suor no seu

Do meu mel no seu

E vai saber que nossas almas fizeram amor

E voaram até os céus e lá se uniram em êxtase

Vai sentir o alivio de uma noite de prazer

Uma noite de amor

Vai ficar leve

Vai se sentir uma mulher completa em seu intimo

Vai sentir o respeito que tenho pelo seu útero

Vai saber quem sou eu

Neviston Borborema Saraiva
Enviado por Neviston Borborema Saraiva em 08/08/2010
Reeditado em 21/08/2012
Código do texto: T2425754
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