Flutuação empírica pra nascer de novo.

Autor: Daniel Fiúza

19/09/2012

Às vezes eu sou o eixo

D’outras vezes sou a roda

Da poesia um trecho

E na roseira sou poda.

Posso ser um objeto

Subjetivo momento

Projetado como feto

Numa mensagem do vento.

No engajamento empírico

Nesse filo simbolista

No meu universo lírico

Sou só sonho cabalista.

Às vezes sou pensamento

Outras vezes sou matéria

A opção eu invento

Para aplicar na artéria.

Na conjunção da estética

Onde eu volto sem ter ido

Voo numa nave poética

Retorno sem ter partido.

Depois de morrer de amor

Eu vou voltar para o ovo

Preciso me conceber

Pra depois nascer de novo.