DOIDÃO II

Sou
tudo
o que

estou
e tudo
quanto

restou
do
quase

nada
que fui:

Risco

sem cor
de um
traço;

quando
passo
ninguém

nota.
Quando
muito,

quer de
mim
saber

a hora,
o nome
d'uma

rua.
Cezar
cobra

o que
diz
que lhe

devo.

Pago,
mesmo

com 
travo
roxo.

Qualquer
hora
jogo

o corpo
à frente
de um

carro,
desde
que

novo
e caro.
Tem mais

força
e graça,
o ato.

Assim
serei
visto

enfim
por ser
"eu em

mim"
e não
pelos

formais
BONS
NATAIS

e ... mais e mais.
FA-ÇO!
FAÇO?




Alfredo Duarte de Alencar
Enviado por Alfredo Duarte de Alencar em 22/12/2012
Reeditado em 16/01/2013
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