POBRES MARIAS
 
E assim seguia
Pobre Maria
Ainda presa
À chama acesa
... De uma paixão
 
Virava o mundo
Descia ao fundo
Na tentativa
Intempestiva
... De um apagão
 
Mas sua lembrança
Mostrava a trança
E a recaída
Era sentida
... De supetão
 
Maria, coitada
Estava atada
E demonstrava
Que se frustrava
... Na solidão
 
Fazia-se ausente
Mas livremente
Voltava à fonte
Seu mastodonte
... Velho bisão
 
Viveu a vida
Entristecida
Pedindo a morte
Qual fosse a sorte
... Ou a salvação
 
Assim são tantas
Marias-antas
Que por amor
Morrem de dor
... Sem solução
 
Choram sequelas
Deixadas nelas
Por quem nem sabe
Se a culpa cabe
... Sua punição!


FAÇA VOCÊ TAMBÉM O VARANO! Veja regras no blog:

http://ineifran.blogspot.com.br/


 
Ineifran Varão
Enviado por Ineifran Varão em 27/02/2013
Reeditado em 28/02/2013
Código do texto: T4162760
Classificação de conteúdo: seguro