Na Madrugada
As luzes da cidade refletem olhares atônitos
A madrugada vai desnudando gestos incomuns
Misturas de álcool e cigarros, gritos e gemidos
Risos saem de alguns lábios, noutros, lamentos
Alguém a espreita numa esquina espera algo
No meio da rua um bêbado pede um cigarro
Na madrugada tudo é aparente e carente
A noite ostenta vícios e sustenta artistas
Numa metrópole que se reflete na madrugada
Mostra-se em excêntricas aparências sórdidas
Charles Silva