Entrevista com o espelho
Café? Cappuccino.
Chocolate? Amargo.
Camarão? Até cru.
Televisão? Inconcebível.
Dia? De chuva.
Noite? Insone.
Praia? De noite, ou em dia nublado.
Vinho? Aceito.
Tipo? Abstrata.
Moda? Péssimo gosto.
Bom gosto? Música.
Cheiro? De todos os sabores.
Sonho? Desconheço o amanha.
Livro? Necessidade.
Medo? Hospital.
Prisão? Medo, claustrofobia.
Ilegal? Limitação.
Casa? Vazia.
Vazio? É surdo de um ouvido.
Universo? Respira e flutua.
Ocupação? Descansar.
Trabalho? Não enche!
Linguagem? Falha.
Amor? Palpite?
Calor? Irrita.
Frio? Aconchega, me anima.
Festa? Tranquila.
Difícil? Desisto.
Amizade? Sustenta.
Herança? Sorte.
Sorte? Nenhuma.
Vida? Paradoxo.
Ser? Autêntico.
Dor? Constante.
Saudade? Do que não tenho certeza.
Alegria? Intensa.
Valor? Humildade.
Inteligente? A natureza.
Belo? As ruínas do tempo, o impecável infinito.
Egoísmo? Faço sempre mais que a minha parte.
Idiotice? Ignoro.
Traição? Algemar a consciência.
Infância? Questionamentos, estranheza.
Maturidade? Confirmação da estranheza.
Filosofia? Questionamentos da infância, desastre de respostas, estraga tudo.
Verdade? Infinitas interpretações.
Perspectiva? Maleável.
Escolha? Seletiva.
Objetivo? Paz plena.