SOLFEJO

São em sete.

Servas da estação.

Surgem serenas em sol:

estas árvores do meu quintal.

Conheci seu lado improvável,

aquele "difamável",

sorrateiro e ardiloso.

Enegrece o olhar de quem repara

pois, despidas do verde que as ampara,

feito garras cuspidas do solo,

seguram bolas coloridas,

pipas destruídas,

a camiseta do ídolo..

Prazer frívolo!

Vampiras disfarçadas!

Mas são servas..

E, na próxima estação,

a natureza há de devolver

aquela alma pura,

a poesia cheia de doçura

feita à sua sombra fresca.

Que assim seja.

AMÉM!

Doloresnervosa
Enviado por Doloresnervosa em 30/07/2014
Código do texto: T4902552
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