FARFALLA

São tolices, eu sei.

Assunto batido,

comida requentada.

Nada há de novo por aqui.

É tolice dizer das aflições,

é tolice dizer das cores na face e dos arrepios.

É muita tolice dizer dos sussurros ao ouvido,

do olhar indiscreto e prolongado.

O que são os tremores da espera,

a respiração aos solavancos senão...

tolices?

O que diriam os grandes intelectuais e filósofos da humanidade

sobre os diálogos intermináveis dos olhos nos olhos?

"_Que rol de...tolices!"

É tolice o sorriso que escapa,

é tolice o devaneio constante,

é tolice a fala embargada.

Será uma patologia desconhecida ou distúrbio hormonal

o bater de mil frágeis asas no ventre?

Não.

A medicina moderna julga,

utilizando-se de linguagem vulgar

para entendimento do público leigo,

serem as mais absurdas tolices e

receitam placebo para o desaparecimento dos sintomas.

O viço da pele,

o brilho da aura,

a quietude confessional

são tolices, eu sei.

Neste tolo jogo

não há vencedor ou vencido,

apenas:

TRAPACEIROS!!!

Doloresnervosa
Enviado por Doloresnervosa em 30/07/2014
Código do texto: T4902899
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2014. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.