A PLANTA E A LEI - (LUXSONS) - XXXI

A PLANTA E A LEI

(LUXSONS - XXXI)

Era linda aquela rosa,

entre as outras da roseira!

Cada dia que eu passava

parava junto à soleira

da varanda da vizinha

e lá me punha à espreita.

Um dia… Era criança…

E aquela rosa eu queria.

Se ultrapassasse a varanda

logo, então, conseguiria …

Pulei e quebrei o galho

feliz, plena de alegria!

A roseira estremeceu

e falou entristecida:

“Você quebrou um pedaço

de mim e da minha vida!

Ela tem meu próprio sangue,

é minha filha querida.

Quando a planta não é sua,

não vá do galho tirar,

seja fruta ou seja flor

porque assim está a furtar,

mas pode pegar tranquilo…

Se já no chão encontrar.”

E fui devolver a rosa…

Colei-a no mesmo galho.

Se furto coisas alheias,

percebi o quanto falho,

peco contra a Lei de Deus

e a lei dos homens atalho.

Passados alguns invernos…

A roseira balançava

coberta de rosas belas

e eu, somente a contemplava!

Agora, agindo consciente

pois as leis eu estudava.

***

Maria de Jesus A. Carvalho

Fortaleza, 12/11/2014

Maria de Jesus
Enviado por Maria de Jesus em 13/11/2014
Reeditado em 31/08/2015
Código do texto: T5033198
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