NAVEGANDO

Noite tão longa e escura,
Nada se mexe - tortura,
Navego em águas paradas,
Na minha canoa furada.

Neve só cai lá no Sul,
Nordeste tem céu azul,
Nuvens brancas, vento amigo...
Nada de chuva, te digo.

Nas ondas do verde mar
Nado e me deixo levar.
Naturalmente deslizo,
Na areia da praia aterrizo.

Névoa me empana a visão,
Nervosa eu passo a mão,
Na minha idade se brinda.
Novembro se foi, dezembro se finda.




PoeRima é criação de Fernanda Xerez
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