Perda

Perdi a mulher que eu amava.

e a cerveja perdeu o o gosto,

seco e amargo...

as noite perderam o sossego,

as madrugadas perderam o silêncio.

Perdi a sanidade,

se é que me restava alguma.

Perdi tudo que eu tinha.

enquanto ela dormia e acordava

sabe Deus onde.

Derrotado, me levanto

e mato uma barata

que tentava me roer o dedo.

levanto e me olho no espelho,

estilhaçado pela minha última crise de fúria.

me ergo da lama,

me ergo do meu colchão deformado

pelo peso da minha amargura

e da saudade

do corpo dela...

do cheiro de todas as mentiras

bem intencionadas que ela me contou.

Me arrasto pelo quarto,

pedindo que ela volte,

com todas as meias verdades

e as sensações que só ela me trazia.

com toda a vida

com toda aquela felicidade.

Rômulo Maciel de Moraes Filho
Enviado por Rômulo Maciel de Moraes Filho em 04/01/2015
Código do texto: T5090653
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