NOITE DE AMOR

Eu chego vestida numa camisola preta (eu adoro preto). Eu estou perfumada.

Olho para o quarto e abro a porta. Lá está ele... deitado, bem arrumadinho, em cima da minha cama.

Então eu o acaricio e penso: "hoje não vamos fazer nada na cama! Vamos fazer na mesa e na cadeira!”.

A gente vai pra mesa. Fico em pé. Depois eu puxo a cadeira e sento. Ele fica na mesa, bem paradinho.

Então eu o abro. Ele fica bem durinho esperando meu próximo toque.

Dou um suspiro profundo, já imaginando o que me espera.

Eu aperto o seu ponto principal (seu ponto G) e o deixo bem ligadão.

O toque é tão certeiro que sai faísca por cima e por baixo.

É tudo tão mágico que até toca uma musiquinha.

Eu fico lá, encarando-o, esperando ele se conter pra eu poder ir para o próximo passo.

Quando percebo que ele está pronto, eu começo a passar o dedo lentamente, fazendo buscas profundas.

Então eu o puxo bem pra perto de mim, quase roçando os meus seios.

Mas ajusto a posição para que nós fiquemos perfeitos um para o outro.

Eu me mexo na cadeira, totalmente excitada com o que estava por vir.

Eu aperto os dedos.

Ele começa a ficar quentinho.

Está tão silêncio que consigo ouvir sua respiração meio chiada.

Imediatamente a respiração deixa de ser ofegante, eu penso que o deixei sem fôlego.

Mas sinto que seu corpo continua quentinho.

Eu encontro o que quero e solto um sorriso.

Meus dedos começam a se movimentar com mais rapidez.

Os movimentos rítmicos fazem barulhos.

Eu coloco a cabeça para trás esperando que as ideias fluam.

A gente continua na mesma posição e com o mesmo movimento.

Os minutos passam e eu começo a movimentar as pernas.

Aperto minhas coxas.

Aperto meus quadris.

Acaricio meu pescoço.

Levanto as pernas várias vezes

Passo as mão no meu rosto.

Curvo meu tronco pra frente, dessa vez tocando os seios várias vezes nele.

A posição fica incômoda e eu levanto.

Ele fica parado me esperando.

A gente vai pra cama.

Na cama a gente muda de posição a todo momento.

Tem momento que ele fica por cima e eu fico por baixo e vice-versa.

Tem momento que ficamos de ladinho.

Principalmente quando estou apenas contemplando-o.

As horas passam.

A Lua lá fora olhando pra gente.

A Lua está vermelha nos contemplando.

O ponteiro do relógio marca as horas, mas eu não ligo para as horas.

Eu estou muito excitada pra querer parar.

Sinto que estou ficando com calor.

Mas não quero parar.

O tempo passa...

Passa...

Passa...

Eu fico tão contente entre um orgasmo e outro.

Mas não me canso.

Eu quero chegar ao clímax total.

Quando o sol está para nascer, eis que ele chega.

Chega forte, chega do meu jeito, chega me consumindo.

Eu me deleito com o que consigo fazer, então finalizo tudo apenas com um dedo.

Apertando o ponto final.

Sinto meu corpo totalmente mole, dolorido.

Eu reviro os olhos e sorrio satisfeita.

Sou carinhosa com o meu parceiro.

Ele continua aberto, com certeza muito cansado.

Eu o fecho, acaricio sua costa e decido descansar.

Estou molhada.

Olho para o relógio e vejo que são 05h30 da manhã.

Pois é, eu passei a noite toda trabalhando em meu notebook.

Feliz da vida por ter finalizado meus trabalhos acadêmicos.

Flavia Araujo Taigata
Enviado por Flavia Araujo Taigata em 19/01/2015
Reeditado em 19/01/2015
Código do texto: T5107172
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