Poesia atípica: IMPLOSÃO

Era uma casa sem fundamentos,

Tão bem pintada,

Bem maquiada,

Mas não podia soprar os ventos,

Tudo tremia,

Convalescia.

E tinha ares palacianos,

Mas falcatrua

Por lá atua;

Gente lesada, ano após anos...

Não tinham pejo,

Vê, quanto aleijo!

Mas, ó que casa de base instável,

Lá, tudo treme,

Por tudo geme.

E chegam dias de ventania,

Sem fundamentos,

Rui tudo... Atentos!

A turba alegre, sorri contente

Findam seus dias

De revelias.

Meio a protestos, seguindo em frente,

Ruas invade.

Vence a verdade!

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Paradoxalmente, poesia sem regras já segue a regra que é sem regra.

Alelos Esmeraldinus
Enviado por Alelos Esmeraldinus em 18/03/2016
Reeditado em 15/03/2021
Código do texto: T5577226
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