Devaneio silencioso

Já faz mais de dois meses que eu não escrevo nada. Seja prosa, poesia ou mesmo algum texto com um mínimo de sensibilidade. Me sinto estéril, seco, vazio. Me perdi entre trabalhos, viagens e coisas corriqueiras como simplesmente tocar minha vida. E as vezes sinto que a estou tocando no sentido oposto ao da correnteza e do tempo. Pisando em locais que eu já estive e revivendo histórias e sensações que eu achava que já tinha experimentado em sua completude...

E dai vem essa secura em minha boca, minha alma e meus dedos. De dentro de mim não sai nada. não brota nada de novo. Estou vivendo e sobrevivendo com o velho dentro de mim. Me conformando com o quase nada que transborda... cálido demais para morrer em silêncio,

mas morno demais para ser poesia,

escrita ou falada.

Rômulo Maciel de Moraes Filho
Enviado por Rômulo Maciel de Moraes Filho em 21/07/2016
Código do texto: T5704242
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