Amor e balas perdidas

Certa feita, alguém postou num desses meios virtuais onde todo e qualquer um se acha um pensador, e qualquer besteira vira filosofia.

"Só morre de amor quem não morre de bala perdida."

Parei e pensei. - Isso não faz, para mim, o menor sentido.

Tanto não o faz, que uma resposta veio de imediato em minha cabeça, por mais que eu estivesse inundado em outros pensamentos.

Não resisti a por a ideia no papel, e dessa ideia sai o seguinte texto

"Acredito que boa parte dessas pessoas

que morrem por aí, sem razão,

vítimas de um carro desgovernado ou de uma bala perdida,

havia antes morrido de amor.

Morrer de amor, significa morrer e viver para contar a história.

Morrer de amor é morrer todo dia,

é querer morrer todo dia, só pra nascer de novo,

e ver com novos olhos, a coisa amada.

Mas há quem morra de amor, e viva desencontrado,

sonhando em encontrar uma bala perdida,

ou um carro desgovernado."

Não o vejo como uma resposta final e universal a questão do amor e das balas perdidas. Tão pouco, como uma ideia superior frase que li nas redes sociais. Só acho que minha forma de pensar seja um pouco mais atraente que a dele.

Talvez eu tenha sido contaminado por essa coisa que faz todo mundo achar que é um pensador.

No fim, nem eu estou imune a isso, ao que parece.

Rômulo Maciel de Moraes Filho
Enviado por Rômulo Maciel de Moraes Filho em 28/07/2016
Reeditado em 13/10/2021
Código do texto: T5711440
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