HORAS

Horas que passam correndo,
correndo se vão. Vão? Não sei,
sei de mim só, e mais nada,
nada há que, a mim, me prenda.

Prenda, sequer, minha atenção,
atenção esvoaça e sonha,
sonha com o tempo passado,
passado ficou na lembrança.

Lembrança... Momentos felizes,
felizes que o tempo roubou,
roubou sem qualquer motivo,
motivo não tem. Por que então?

Então, mera brincadeira,
brincadeira, pra ele aventura,
aventura, um conto de fadas,
fadas alegres mensageiras.

Mensageiras protegem o amor,
amor que vivi, faz é tempo,
tempo vai, o tempo vem,
vem e vai. Também as horas.




Um experimental  de Simplesmentes Sys
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Paulo Miranda
Nada há que a mim, me prenda
como dizes tal despautério
vou levantar tua renda
pra provar teu doce mistério...