Pergunta-me da possibilidade de uma realeza de razão…
AOS POUCOS REDUZA-ME À PROBABILIDADE PRECONIZADA.
… e foges como um escravo da sapiência estriada pela saliva desnutrida.
 
Pergunta-me da sutilidade de uma rudeza de emoção…
AOS POUCOS SEDUZA-ME À REALIDADE REALIZADA.
… e foge como um novato da cadência despreparada pela beleza destituída.
 
Pergunta-me da ambiguidade de uma fortaleza de coração…
AOS POUCOS ABDUZA-ME À DIGNIDADE DESEMBARAÇADA.
… e foges como um pária da saliência extirpada pela ignorância reconstruída.
 
Pergunta-me da naturalidade de uma grandeza da ação…
AOS POUCOS PRODUZA-ME À PLURALIDADE POSSIBILITADA.
… e foges como um cego da eloquência usurpada pela nudez obstruída.
 
Pergunta-me da veracidade de uma natureza de superação…
AOS POUCOS LAMBUZA-ME À SERENIDADE SACIADA.
… e foges como um asceta da benevolência ampliada pela embriaguez dolorida.
 
Pergunta-me da unilateralidade de uma tristeza de judiação…
AOS POUCOS DEDUZA-ME À IDENTIDADE GENERALIZADA.
… e foges como um ignorante da violência justificada pela loucura preferida.
 
Pergunta-me da versatilidade de uma nobreza de filiação…
AOS POUCOS INDUZA-ME À INSANIDADE IDEALIZADA.
… e foges como um fidalgo alucinante da emergência decapitada pela lisura comprometida.
 

Imagem: Quino
Roberta Lessa
Enviado por Roberta Lessa em 13/08/2018
Código do texto: T6418148
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2018. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.