SINA DE PISTOLEIRO

CAPITULO PRIMEIRO

Cumpriu a pena por quinze anos em um presídio, agora estava de volta as ruas, disposto a esquecer tudo que passou naquela prisão.

Ele fora preso quando ainda era jovem. Com dezessete anos, já tinha assassinado algumas pessoas, a mando de fazendeiros que lhe contratavam, sempre que queriam se livrar de alguns indesejáveis, que viessem obstruir os seus planos.

Seu apelido era Chico pentecostes, nome de um antigo cangaceiro que pertenceu ao bando de Lampião o rei do cangaço.

Agora, Chico pentecostes queria viver uma nova vida, tinha pago a divida com a sociedade, e com um pouco do dinheiro que ganhara pelas empreitadas,comprar uma casinha La mesmo no sertao e viver criando umas galinhas e algumas cabras.

Nao foi difícil conseguir o seu intento, pois entre aquela gente miserável, difícil encontrar alguém que quisesse fugir daquela vida de penúria e partir para outra banda do pais em busca de uma nova vida.

Chico pentecostes mudou de nome e passou a se chamar Jairo,conseguiu uma casinha simples, que ficava em um pequeno terreno, onde ele poderia realizar o seu sonho de viver uma vida pacata ate terminar os seus dias.

Agora com trinta e dois anos ele ia se tornar um pacato cidadão, preocupado apenas em consertar os cercados das cabras e das galinhas e mudar de vida.

CAPITULO 2

O calor do sol do meio dia,fazia brotar na sua fronte, gotas de suor que já estavam empapando a sua camisa.O rapaz acendeu um cigarro,para espantar uma nuvem de mosquitos pólvora que o atormentava e daí a pouco se dirigiu a uma pequena bica d’agua que escorria límpida e cristalina e logo matou na sede que lhe sufocava a garganta.

Molhou os cabelos, passou a Mao molhada pelo rosto banhado em suor e apanhou novamente a enxada e voltou para terminar a tarefa antes da chuva, pois o céu já dava sinais da chuva eminente.

O temporal veio logo em seguida, mas ainda deu tempo dele se abrigar em uma cabana que ele havia construído ali perto.

Já passava das cinco da tarde, quando ele se retirou e já na sua casa, ele preparou um café bem forte como era do seu gosto e sentou se em uma rede que ficava no alpendre e logo pegou no sono. Seu sono era repleto de lembranças em forma de sonhos, e ele se via agora preparando uma tocaia a fim de matar um peão que se aproximava em um vistoso cavalo negro como azeviche.

Este sonho o perseguia todas as noites há muito tempo, mas nunca terminava, pois o misterioso cavaleiro desaparecia e pouco depois Jairo acordava intrigado e logo em seguida raiava um novo dia.

O homem se levantava, tratava das cabras e das galinhas e ia para o campo preparar o terreno para o plantio do milho e do café.

A propriedade crescia a olhos vistos graças ao seu esforço e ele se alegrava, satisfeito com a nova vida que estava levando.

Mas faltava alguma coisa, faltava lhe uma mulher para repartir com ele e gozarem juntos a vida pacata que ele levava.

Entao naquele sábado ele montou a cavalo e saiu a trote em direção ao povoado que ficava bem próximo.

CAPITULO 3

Uma festa estava acontecendo no povoado e ele se misturou a aquela gente que se divertia e bebia.

Encostado em uma das barracas, ele observava o movimento e logo percebeu que uma jovem o olhava com interesse.

Acendeu um cigarro e se pos a circular pelas barracas, bebericando em algumas delas e conversando com alguns poucos conhecidos.

Conversavam sobre suas propriedades e ele percebeu que muita gente já adimirava a sua e aprovavam o seu trabalho. Ele se despediu dos vizinhos e se aproximou da moça que não lhe tirava os olhos enquanto conversava com aqueles homens.

A festa estava terminando eJairo acompanhou a moça que disse se chamar Julia ate sua casa conversando pelo caminho, enquanto conduziam suas montarias a passo.

Uma grande amizade estava começando e logo se tornaria um grande amor, pois o rapaz conquistou tambem a família da moça.

CAPITULO 4

Menos de um ano depois, eles se casaram e foram viver na propriedade, que agora pra melhorar, tinha o toque feminino.Aconteceu que naquele entardecer, três cavaleiros chegaram e conversaram com Jairo no alpendre:

-Bem moço, disse o mais velho deles, somos representantes do Sr Lobato, que tem interesses em suas terras e pede para o senhor estipular o preço, pois ele deseja compra La.

_Digam ao seu patrão que minhas terras não estão a venda disse o ex pistoleiro, o que fez despertar a ira do fazendeiro que não adimitia nunca que alguém atrapalhasse o seu plano de espandir seus domínios.

O tal fazendeiro não desistiu e se propôs a obter aquela propriedade a qualquer preço. Foi assim que em uma tarde ao voltar do seu trabalho, onde consertava umas cercas,encontrou o seu sitio nincendiado, a mulher e o filho mortos, sendo que sua esposa ainda fora violentada.

O pobre homem urrou em desespero ao ver seus entes queridos mortos e o sitio queimado

Depois de enterrar os corpos, foi ate o sótão da propriedade em busca de suas armas que dês de chegara ali estavam escondidas.O ex pistoleiro estava de volta, agora cheio de ódio no coração.

Logo montou a cavalo e foi em direção ao povoado para a sua vingança.

Os assassinos esperavam por ele, mas o pistoleiro era um verdadeiro demônio com as armas e as disparava como raios, espalhando a morte entre os inimigos.

O fazendeiro fugiu enquanto seus capangas eram liquidados sob as armas do pistoleiro que enlouquecido pela dor aniquilava os inimigos.

CAPITULO FINAL

O pistoleiro enlouquecido colocou na cabeça que todo fazendeiro bem sucedido tinha o sucesso através de muito sangue derramado e passou a perseguir os outros fazendeiros,para isso formou um bando com outros renegados e passaram a pilhar a todos quantos encontrassem pelo sertão.

Depois de cada assalto, eles se refugiavam nos locais mais ermos e de difícil acesso.

Um grupo de homens foi formado para perseguir o bando e leva los a prisão e mais tarde a forca, mas muito sangue ia ser derramado ainda ate que finalmente em uma tarde de agosto , o bando foi dizimado e o pistoleiro enforcado.

ANESIO SILVA
Enviado por ANESIO SILVA em 27/08/2018
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