O grande lar

Como um velho muçulmano que visita a meca pela última vez, eu perambulo a casa. Com a tristeza de um modista de viola apaixonado, olho cada pedaço trazendo à tona uma saudade a qual, modéstia à parte, traria inveja até ao famoso Gonçalves Dias.

Tais partes me conectam com partes da história, contemporânea ou não, a minha. Memórias concretas se misturam as cinzentas, as quais acompanham as imagináveis. As marcas de modernidade, das suas tentativas e tatuagens do passado se misturam. Um prato cheio para o modista e para o velho muçulmano.

Quando minha perambulação leva meu abatido olhar para o céu, um alento é chegado. É lindo. Reflete com exímio as qualidades de seu Criador. Tal paisagem foi a única rebelde as mudanças imparciais do tempo. E graças a seu Feitor jamais ousará mudar.

LizaBennet
Enviado por LizaBennet em 17/03/2020
Reeditado em 02/05/2020
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