TRILABUNÊ

Modalidade literária criada por Madaglor de Oliveira, em 19 de junho de 2021.

REGRA:

Frente às novas tendências, na comunicação, os textos multimodais, os quais exploram diferentes configurações, que transcendem as palavras, as frases, as orações, os parágrafos e, acima de tudo, a modalidade escrita da linguagem, TRILABUNÊ chegou para apimentar as composições textuais, podendo ser constituído por elementos advindos das múltiplas formas da linguagem escrita e visual. Em prosa, estruture em três parágrafos; em versos, em três estrofes. Sempre iniciados com as sílabas LA BU NE.

Com título. Os versos podem ser brancos ou soltos ( com ou sem métrica)

MODELOS:

CALOR

Lábios sequiosos

buscam boca mel

necessária à vida.

Lá, no recanto,

burila o desejo.

Nele, a fome grita.

Lasciva trajetória

buraco quente percorre

nesse vai e vem.

DOS DOIS

Lados opostos nos quereres,

buscapés infames incessantes,

nesgas de luzes provocam.

Lassidão exigente de prazeres

burla os sentidos dos amantes,

negando a razão do que invocam.

Lamentos ouvem-se nos dizeres,

buás e gargalhadas implorantes

negam e somam o resultado que provocam.

QUASE O FIM

Laços propensos aos desates,

Bucéfalos dos bem-esclarecidos,

Neófitos recomeços transpassam

Lastimáveis consequências geram

Búfalos da sorte ensandecidos

Néscios das nefastas gerações

Lágrimas inundantes resultam

Buquês de flores amofinadas

Negrume nas noites sem luar.

DESCOMPASSO

Larissa seduzia o jovem João.

Bumerangue descontrolado, sem retorno

negligente e das emoções descontroladas,

lascando as frágeis barreiras do rapaz, buracos na tranquila existência provocou

negando o que prometia e vendia.

Lamentável derrocada resultou.

Buliçosa malvada, na vida dele instalou-se:

nefasto suicídio resultou.