Acetetos produzidos por membros da ABLAM

Quando a vida acaba

Artur Laizo

 

Uma vida quando acaba,

Deixa aqui toda matéria,

Não resolve reza braba,

Nem contar tanta pilhéria.

 

Hora certa sempre vem,

Independe, mal ou bem,

Na riqueza ou na miséria

 

LUA BRANCA

Artur Laizo

 

Lua branca que derrama

seu luar no meu regaço,

leva para a minha dama,

meu mais forte e terno abraço.

 

Como sei que ela me ama,

Minha ausência ela reclama,

Mas nos une um grande laço.

 

LOUCURA
Artur Laizo 

Nessa vida tão devassa,
Nossos dias vão depressa,
Nossa vida é a fumaça 
Dessa vida que se apressa.

 

Essa luta é tão pregressa, 
E sabemos que não cessa
A loucura que não  passa.

 

TEMPO
Artur Laizo 

Um verão e outro depois
Um inverno bem querido,
Passo os dias, um ou dois,
Relutando, bem perdido.

 

Esse tempo que me passa,
Que me exala qual fumaça,
É um tempo bem sofrido.

 

* * * * * * *

 

ACETETO I 

Rogério Marques

O poeta é um artista,
não apenas fingidor, 
arriscando pugilista 
prá lutar por certo amor. 

 

Se não der em um soneto, 
com certeza, um aceteto,
que alivie a nossa dor ... 

 

Aceteto II 

Rogério Marques

Não há quem seja perfeito,
é mister melhoramento. 
Neste ciclo seja feito 
com total discernimento. 

 

Se nos versos narra o jeito, 
mesmo assim todo refeito,
deste ser em treinamento 


ACETETO III 

Rogério Marques

O sofisma do poeta,  
que é divino erudito,  
com palavras é esteta
de um espírito bendito. 

 

Inspirar é necessário,
sem espaço e sem horário,
mesmo assim poema aflito.


ACETETO IV 

Rogério Marques

Meu Bom Deus do coração,
que mais minha fé aumente,
nesta intima oração 
deste ser, de corpo e mente. 

 

No labor, a gratidão 
se completa em retidão 
de uma vida plenamente. 

 

ACETETO V 

Rogério Marques

Vejo a aura e inspiração 
neste dom tão magistral,
com imagem e a ação, 
reverbera bom astral. 

 

Na alquimia equação,
tem o sete, perfeição, 
finaliza por igual.

 

* * * * * * *

 

1. Sete temas
(Alberto Valença Lima)

Muito amor... fundamental.
Da saudade sou escravo
Exercício é capital
Os meus sonhos, sempre gravo.

 

A poesia é o meu canal
E o sucesso, é sem igual
Parceria ou razão: bravo!

 

2. Grande amor
(Alberto Valença Lima)

Solidão por companhia,
Triste é a sina deste pranto!
Que num recanto, a poesia
Desagrava o meu encanto!

 

E o meu canto em harmonia
Sofre a perda... noite fria
Grande amor... é tanto, tanto!

 

3. Só amor
(Alberto Valença Lima)

Distribui somente amor
Em seus braços, sempre estou
Minha amada, minha flor
Sobra encantos, só me amou!

 

Vive a vida colorindo
Onde passa vai cobrindo
O caminho que beijou.

 

4. Inverno
(Alberto Valença Lima)

O meu canto em harmonia
neste inverno que começa.
Um recanto... noite fria...


Perde o sonho, mas confessa!

Vento gélido... tremia!
Sua coberta... perdia.
Sua cama... não acessa!

Artur Laizo, Rogério Marques e Alberto Valença Lima
Enviado por ABLAM em 22/06/2022
Reeditado em 03/08/2022
Código do texto: T7543434
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