O cavalheiro das Rosas

Em épocas que existiam gladiadores e que países conquistavam suas glórias em nome da guerra - conhecemos impérios e seus imperadores. Haviam os cavaleiros, figuras que seus feitos hoje em dia, só se tem história e que no figurativo, define os coloquiais modos e atos de um homem perante a mulher.

Mas, a história que vou contar, ainda é daquelas épocas. De uma era que a razão por homens marcharem rumo a guerra, fazia da mulher um prêmio ou consolo. Longos anos por guerra tinham um preço para a humanidade, a defesa por suas culturas e sociedade, assim como longos anos em guerra tinha seu preço individual - E nem todos os cavaleiros eram homens que morriam por honra ou que sobrevivera pela mesma honra.

Enfim, certa vez, diante da comemoração da vencida guerra e mais uma conquista por extensões de terra e reino, um jantar imperial foi oferecido aos cavaleiros de fé. Eram homens exímios, destemidos e sem dúvida brutais.

O rei muito próspero de reconhecimento, lançou a mesa uma pergunta:

_ Sois bravos guerreiros, merecedores de seus desejos e hoje, oferto toda a minha casa como servos de suas vontades. Então, peçam. E que meus homens de fé tenham seus esforços compensados e honrados!

O cavaleiro mais disposto, logo esqueceu a taça de cobre sobre a mesa e tão soberbo quanto bêbado, pediu pela mulher mais bela do reino. E com duas palmas o rei ordenou que fosse feita sua vontade. Por minutos, uma bela mulher estava diante dele, toda de branco em adornos de ouro.

Mas o cavaleiro ao se aproximar, cheirando seus cabelos, reparando seus modos, viu que era uma plebéia. Furioso mas ainda bêbado, pegou-a pelos braços sem qualquer compostura e dizia ser merecedor da melhor mulher daquele reino, mas que a beleza daquela criatura sem nome

real serviria-lhe de desculpas pelo insulto.

Outro cavaleiro,levantou-se e pediu pela palavra. Aproximou de ambos diante da mesa quilométrica de guerreiros, reis e rainhas e tomou a mulher das mãos do cavaleiro soberbo.

Colocou-a diante de todos, de forma que a luz do dia à refletisse nos vitrais desenhados ainda mais bela. E todos admiravam o silêncio perturbador que aquela criatura sem esforço por ser o que era, impôs com sua beleza.

O cavaleiro voltou-se a mesa e colheu uma de tantas rosas que enfeitavam o vaso dizendo:

_ Se essa criatura não é merecedora de gentileza e algum respeito, então essa rosa que ilude suas feiuras com a graça da beleza, também não é merecedora de estar aqui...

O rei não podia desmerecer o pedido do guerreiro bêbado, mas o disse para ir colher a sua rosa se fosse capaz. Mas colher de forma como todos em seu reino britânico fazia ao colher rosas dos jardim imperial - Admirando a sua beleza para entender sua essência.

Então o cavaleiro gentil fez seu pedido de honra ao mérito, devolvendo a rosa em mãos ao vaso dizendo...

_ Todos sois capazes de ser belo. A gentileza é o tipo de beleza que cabe em qualquer lugar e ocasião, como esta rosa que também tem seu lugar no vaso, mesmo sem vossa permissão.

Primeiro texto que escrevi, na tentativa de explicar a etimologia na metáfora do cavaleiro para cavalheiro rs. Tinha 15 anos.