Fábula Fabulosa...

Tal qual jarra emborcada, o verde esvai-se sob a paisagem monocromática, todavia, aquela astuta raposa, percebeu que não havia brancura total. Eis que no espaçamento da tundra, habitava a vida, ainda que latente. E o pequeno e ágil ser, esgueirou-se objetivando o alimento vital. Mas, todo ciclo predatório é pautado na sorte e no revés, e assim sendo, o furtivo canídeo, viu-se preso em seus anseios famélicos, pois na cegueira da astúcia desenfreada, não percebeu que o minúsculo roedor que avistara ao longe com tanta precisão, passou por entre a armadilha que de antemão estava a lhe recepcionar. Findou-se aos poucos, na lentidão do esguicho rubro que maculava a neve, mais um ser, que abriu mão da visão diagonal, em detrimento a harmonia do ciclo chamado viver...

Leonardo Borges
Enviado por Leonardo Borges em 26/05/2013
Reeditado em 26/05/2013
Código do texto: T4310250
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