Mare Zeo!

O dia era 10, o mês outubro, o ano 2033 do calendário gregoriano, era uma segunda-feira, as horas 10:30 no horário do Brasil... O mundo acordava para o parecia ser mais um dia cinza, porém o que seria aquilo no horizonte????

Ele abriu os olhos...

Era uma manhã nublada, como havia muito ele não percebia existirem mais... Com os efeitos das transformações climáticas que iniciaram no século XX e que primeiro eram apenas objetos de debates, mas depois até serviram de desculpas para iniciar algumas guerras no início do século XXI...

As manhãs eram tão tristes, tal como eternas noites solitárias de inverno num Icerberg flutuando no meio do atlântico. Não ninguém duvidava agora!

O clima estava transformado e todo mundo sabia bem mais da potência destrutiva da humanidade. Assim os dias pareciam agora sempre iguais: Calor quase permanente e um céu nublado de poluição, nunca de nuvens.

Mas aquele dia estava tudo tão diferente, ele sentira isso desde o momento em que abrira os olhos, ainda de madrugada. Costumava acordar às 04:00 da manhã para seus exercícios espirituais, pois acreditava que nesta hora havia um cosmo ampliado de energia e paz e aberto a ouvir os desejos das limitadas condições humanas.

Assim que acordou, olhou o céu e viu nuvens brancas que depois foram escurecendo, mas não eram de fuligem ou poeira, eram suas amadas CUMULUS NIMBUS, rainhas das tempestades, que apareciam somente muito de vez em quando, agora.

Ele amava verdadeiramente essas nuvens, pois eram o centro do maior de seus segredo. Eram a evidência do único segredo que vale a pena possuir, da única coisa pela qual se deve lutar e até encarar o perigo e a morte de frente: A esperança do amor verdadeiro!

As nuvens estavam se movendo desde o oriente em sua direção e isso o fez sentir que aquele dia tinha algo de muito diferente e que havia de acontecer algo surpreendente, antes do anoitecer.

Olhou com atenção a tempestade que se aproximava lentamente.

Além disso o tempo parecia mais úmido, se comparado a outros que vivera em sua longa trajetória sobre a terra, esse pequeno planeta azul que o Spok da série Star Trek classificara como classe "M - Atmosfera de hidrogênio"

Escutou a porta dos fundo ranger lentamente, imaginou que fosse o vento que sempre vinha para acariciar sua pele, sempre agradável e sutil como o beijo de alguém que se ama muito.

- Mare Zeo? Mare Rege? É você? não é?

Ele gelou.

Não podia ser...

Mas aquela voz...

Aquela língua, há muito não pronunciada ali...

Tanto tempo! Seria verdade?

Sem mover-se respondeu:

- Só uma pessoa pode me chamar assim!

És tu, minha Deusa e Rainha que volta a mim?

Bem disse um santo homem um dia:

Tudo o que é seu encontrará uma maneira de chegar até você! Insh'allá!