O alfinete orgulhoso

O alfinete orgulhoso, nas suas pregas diárias, alfineta tolamente a dona linha:

- És tu vaidosa e colorida.Toda prosa só te gabas de tudo fazeres mais bonito.

- Porém, Eu fico com a melhor parte, pois seguro firme no tecido.

E em seguida, feri a agulha:

- Ei dona agulha. Afiada sempre estás! Não te prendes a nada e como doida sempre a correr te vais.

Ao que ambas respondem, sem pestanejar:

- Tolo e vaidoso alfinete.

- Jovem és ainda. Por isso da vida nada sabes.

- Tu és apenas um serviçal orgulhoso, que após seres usado,

te lançam fora a seres guardado e preso numa caixinha de metal.

Tal qual a todas nós.

anna celia motta
Enviado por anna celia motta em 26/05/2015
Reeditado em 27/05/2015
Código do texto: T5255799
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