Viver ou existir?

Lá vai ele, contribuindo ao petricor, indo a lugar nenhum sem razão nenhuma, apenas seguindo o que ele desconhece mas obedece, come mais um pouco, vomita?

Continua indo, pensando em nada e mesmo assim ponderando; Esquerda ou direita?

Prossigo mais? Come mais, continua, vomita, não estranha, apenas segue, rasteja, rasteja, acima o farfalhar, abaixo nada ou comida, desce, come e come, prossegue não vê nada, nem propósito, um tremor, algo acima, já não está mais, tremor e tremor, sono.

Que engraçadinho ele, me faz cosquinhas, anda em mim, mas nunca o entendi, renova o meu ciclo, mas não o faz por bem, nem posso dizer que por mau, apenas o faz.

Acorda.

Não treme, nada treme, prossegue, calma, vagarosa mente que pensa, onde agora?

Não sabe; Frescor, dor, gritos ou cantos, o chão some, liberdade?

O fim?

O primeiro começo?

Já não sei mais, não está em mim, foi-se embora, finalmente viveu?

Ou continuou apenas a existir?

Nunca saberei, mas talvez um dia ele me conte o quê ocorreu com meu amiguinho, se ele tiver visto é claro.

Até outro dia, ou outra vida, adeus, ou até logo.