Eu na Aldeia

Quando ainda muito jovem, aceitei o convite e fui para Aldeia. E como toda Aldeia, que se prese, esta também era cheia de tradições, más para um recém chegado o decodifica-las, seria a tarefa mais complexa de sua vida, que neste caso a minha.

Claro que em um Brasil dá década de 70, está Aldeia já havia passado por vários processos, assim perdendo a alcunha de vila, já havia conquistado o Status de cidade. Más até hoje ainda mantem eles o córrego, que como lembrança para estudiosos e respeito dos mais velho, o mantém como originalmente chamado, "Córrego dá Aldeia".

Também existem várias fazendas, com este nome espalhadas pela região, umas menores outras nem tanto, más trazendo um significado, que só estudando muito, se chega na razão de haverem imortalizado este nome.

Assim me querendo entender como adulto, sacudo a poeira da viagem, entro em uma bodega, que é o avo dos bares, e peço uma pinga, já ridiculamente me querendo assemelhar aos adultos, para seguir viagem, até uma fazenda de um parente, em uma região batizada por nome de um pássaro, muito visto naquela estância, o Jacu. O jacu que é galináceo preto, com um pinta de penas avermelhadas no pescoço, caçado eventualmente, pela carne firme e saborosa.

Bom estou falando entre o final de 1974 e inicio de 1975, onde nesta região, a Ditadura Militar, só se interessou em liberar verbas, para os bancos financiar os sitiantes e fazendeiros, para compra de maquinários agrícolas, observando a lei de Getúlio Vargas dos 20%.

Assim retrato um pouco dos alguns motivos de minha vinda para "Aldeia", que somava no meu currículo, um ativismo estudantil, um tanto rebelde, com a questão "Ditadura".

Entendi estar em um local Patriarcal, no entendimento de um Progreso sonhado, onde se valiam de filhos e sobrinhos na pratica de desmata e preparo do chão, observando o sonho de prosperidade, que havia chegado.

O movimento de preparo do solo, dá desmata há colheita, demandava tempo e obstinação, onde se desconsiderava para no preparo dá terra, qualquer dificuldade. Estas superadas muitas das vezes, com o cooperativismo dos cidadãos envolvidos em empréstimos bancários e programações das colheitas.

Foi um tempo de apogeu, que tendeu estagnar, por vários motivos. até que observava no céu, helicóptero sobrevoando a região. Porém o desenvolvimento repentino já havia mudado a geografia do lugar consideravelmente, como as contas bancarias de muitos dos esforçados fazendeiros e meeiros, que já viviam de forma mais confortável. Quanto aos voos do helicóptero, que traziam a bordo, um politico forte, da região de Uberaba, no apresentar para empresários, brasileiros e internacionais, de uma região plana e fértil, cobiçadas por Usineiros de açúcar e álcool, em implantar suas politicas de exploração.

Assim o cenário dá Aldeia muda radicalmente outra vez, o dinheiro também passa correr nas mãos dos mais infortunados, que aprendia o trabalho com facilidade e eram e ainda os são bem remunerados.

Más meus interesses deixaram de ser fazendas, passando pela pesca artesanal, chegando prestar concurso público na prefeitura como guarda. Só que nunca me esquecendo das etapas sociais, que levaram a Aldeia ser hoje a cidadezinha próspera pela sua história.

Assim lá casei, vivi feliz, com minha mulher e duas filhas, até que hoje, assinei o livro, desligando-me dá prefeitura, como funcionário aposentado. Trago comigo muitas histórias tidas como escabrosas, como de qualquer cidadão, de qualquer lugar do país, que tenha acompanhado um lugar do interior, no seu desenvolvimento de forma empírica.