O TUMULTO DOS INSETOS (Alguns recantistas vão se ver aqui nesta história)

Cristina, a baratinha alvoroçada, voou do chão para a parede da cozinha e lá se fixou. Ali pertinho, no telhado, estava o grilo Dartagnan que começou a cantar como a querer espantar a baratinha Cristina, que quietinha nem deu atenção. Em outro canto da parede a lagartixa Nana a tudo observava, também quietinha. Foi quando ouviu-se um zumbido que vinha da direção de uma lâmpada que estava acesa, era o besouro Marcus que entrara naquele barraco com o intuito de atanazar quem ali se encontrava. Nisso uma mariposa surgiu não se sabe de onde e começou a voar em círculo diante da lâmpada, era Juli que se encantou com a luminosidade da mesma. A baratinha Cristina, incomodada com tudo aquilo que estava acontecendo, deu um sobrevôo que quase trombou com o besouro Marcus, que assustado tentou se esconder na telha, justamente onde estava o grilo Dartagnan, que também se assustou e parou de cantar, afinal sua goela não estava mais agüentando tanto esforço. O tumulto então teve início, tudo por causa da baratinha Cristina que não parava de sobrevoar pela cozinha. O besouro Marcus permaneceu sobrevoando ali pela cozinha, a mariposa Juli, já acostumada a lidar com insetos, não se preocupou muito com essa situação, seu foco era a lâmpada, tentava pousar nela visando o seu intenso brilho mas viu que estava muito quente. Cansada, a baratinha Cristina finalmente fez um pouso forçado e ficou ali por baixo da mesa, estava todo mundo arretado com ela. Porém a baratinha Cristina nem percebeu que ali, por trás do pé de uma cadeira, estava o formigão Judd, que tentou ferrar sua asa, não conseguindo seu intento graças a sua agilidade em figir dali o mais rápido possível.

A espertinha da lagartixa Nana ficou de olho na mariposa Juli, estava prestes a dar uma abocanhada nela assim que sobrevoasse próximo da parede, seria o seu fim. Mas a mariposa Juli, que não era boba, percebeu que poderia servir de jantar para ela e se ligou, ficando mais próxima da lâmpada. Vendo que era impossível papar a mariposa Juli, a lagartixa Nana cismou de descer a parede mais um pouco, momento em que visualizou o formigão Judd, que quietinho ficou ali junto ao pé da mesa naqueie chão frio. Astuciosa, a lagartixa Nana pensou, vou abocanhar esse formigão, mas Judd estava esperto, mais que depressa fugiu dali para não servir de alimento para a lagartixa esfomeada. Decepcionada, Nana voltou para a parede, ocasião em que a baratinha Cris também teve a mesma ideia e voou para a parede ficando bem perto da lagartixa Nana, que viu nessa barata uma forma de se alimentar, mas Cris estava ligadona. Nana iniciou uns passozinhos e Cris indo para trás, imaginou logo a audácia da lagartixa e não queria ser papada por ela. Mas o bote foi certeiro, porém a lagartixa só conseguiu arrancar um pedaço da asa da baratinha Cris, que voou rapidamente, mesmo sem equilíbrio, para fora do barraco. A festa (se é que assim podemos chamar) acabou quando o dono do barraco chegou e apagou a luz, indo dormir.