Palavras III

Hoje chorei – não queira saber a razão. Queria que soubesse apenas.

Tudo que fiz – às vezes – não diz nada. Pode ser – exagero ou força de expressão. Não há outra maneira – precisamos continuar – martelar todos os dias. Só assim nos sentimos vivos.

Acho que tudo conspira. Talvez nada conspire. Ou quem sabe a conspiração não existe.

Minha vida assim – abertamente o que sou. Sem barreiras. Tetos. Céu azul. Apenas um telhado para a proteção da chuva e do calor.

Covarde fui e serei. Todas às vezes que me inspirei.

Toda mulher vale a pena. Não apenas o amor e suas maneiras.

Queremos liberdade total – mas não suportamos quando isto acontece com os outros, sobretudo como se trata da mulher amada.

Gosto de ser notado, como qualquer exibido. Porém se perguntado a este respeito, nego como qualquer inibido.

Do amor quero tudo, aliás, nem tudo faz bem, quando extrapola as raias do insano.

O homem não conquista nada. A mulher não conquista nada. A conquista é livre, porém não resiste à mulher na jogada.

Não existe regra para o aprendizado. Cada um tem a sua. O difícil é convencer alguém que se coloca na frente tentando nos incutir algo, que estamos cansados de negar.

A professora quer demonstrar aos alunos que sua disciplina é importante, citando obras e autores que leu. Os alunos não interessados cada um contam o que não é seu.

O erudito diz que escreveu livros. Pergunta se alguém conhece suas obras. A platéia calou. Na dúvida – continua a aula.

Ninguém se habilita para aprender e pensar.

Ninguém coloca sua cabeça numa bandeja e serve ao povo faminto.

Quem tira do rico para matar a fome do pobre – vai para cadeia – aonde já se viu – não podemos tolerar – esta maldita construção do furto famélico.

Pena de morte – chega de o Estado bancar estes malditos fora da lei. A pena de vida fica por conta do SUS e, que Deus nos proteja.

atanazio mario fernandes Lameira
Enviado por atanazio mario fernandes Lameira em 04/02/2006
Reeditado em 04/02/2006
Código do texto: T107908